A Cibersegurança como Prioridade Estratégica para Empresas
Tânia Cosentino, ex-executiva da Microsoft e especialista em tecnologia, reforça que a cibersegurança transcende os limites da área de TI. Para ela, é um tema crítico que impacta diretamente a competitividade, a reputação e a sustentabilidade dos negócios em um mundo cada vez mais digital. “Organizações que apenas delegam a segurança a equipes técnicas estão subestimando riscos que podem ter consequências financeiras e legais graves”, afirma.
Inteligência Artificial e a Transformação da Cibersegurança
A inteligência artificial (IA) revolucionou a forma como empresas detectam e respondem a ameaças cibernéticas. Tânia explica que algoritmos de aprendizado de máquina analisam padrões de tráfego em tempo real, identificando vulnerabilidades antes que se tornem brechas. Além disso, sistemas de segurança preditiva antecipam ataques com base em dados históricos, reduzindo a margem de erro humano.
No entanto, a implementação de IA não é sem desafios. Ao depender excessivamente de automação, as empresas correm o risco de criar pontos únicos de falha. Tânia recomenda combinar tecnologia com auditorias humanas periódicas para validar decisões algorítmicas.
Diversidade como Ferramenta de Mitigação de Riscos
Um dos pontos centrais da fala de Tânia é a necessidade de diversidade dentro das equipes de tecnologia. “Profissionais de perfis distintos trazem abordagens criativas para resolver problemas complexos”, argumenta. Estudos recentes mostram que equipes diversas reduzem brechas em softwares em até 30%, pois identificam漏洞que programadores homogêneos podem negligenciar.
Portanto, investir em inclusão não é apenas uma questão ética, mas uma estratégia de segurança eficaz. Empresas devem promover políticas que incentivem a participação de mulheres, minorias étnicas e profissionais de áreas não técnicas, como psicologia e direito, no desenvolvimento de soluções de cibersegurança.
Desafios Atuais e Perspectivas Futuras
Apesar dos avanços, a cibersegurança enfrenta obstáculos persistentes. O crescimento das redes IoT e a migração para a nuvem ampliam o attack surface das organizações. Tânia alerta que as empresas devem adotar uma mentalidade de “zero trust”, onde nenhum usuário ou dispositivo é automaticamente confiável, mesmo dentro da rede interna.
Em conclusão, a especialista sugere que CEOs e gestores precisam entender a cibersegurança como uma extensão de suas estratégias de negócios. Proteger ativos digitais é garantir a continuidade das operações e a confiança dos clientes.
