Cidade de Gaza: Israel intensifica ofensiva e Hamas perde contato com reféns

A Cidade de Gaza é palco de intensos combates entre Israel e Hamas. Após perder contato com reféns, Hamas exige suspensão de ataques aéreos, enquanto Israel avança com ofensiva terrestre.

Os conflitos em Cidade de Gaza ganharam nova dimensão nos últimos dias, com o agravamento da situação humanitária e militar na região. O braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qassam, confirmou que perdeu contato com dois reféns israelenses durante intensos bombardeios israelenses nas últimas 48 horas.

Intensificação dos Combates

As Brigadas al-Qassam emitiram comunicado no domingo (28) em que exigiram a suspensão dos ataques aéreos por 24 horas em parte da Cidade de Gaza para garantir a retirada segura de civis e reféns da área de combate. No entanto, Israel não respondeu favoravelmente, mantendo a pressão militar sobre a região.



Na terça-feira (16), o Exército de Israel iniciou oficialmente a maior operação terrestre da Faixa de Gaza, concentrando-se justamente na Cidade de Gaza, a maior da região. O governo de Benjamin Netanyahu considera o local o último reduto do Hamas no território. Além disso, a operação levou milhares de palestinos a deixar novamente a cidade, após tentativas de retornar ao local nas fases iniciais do conflito.

Ofensiva Aérea e Terrestre

Antes da invasão terrestre, a Cidade de Gaza foi alvo de um cerco de aproximadamente um mês de bombardeios diários, com dezenas de arranha-céus sendo destruídos. O governo de Israel acusa o Hamas de utilizar prédios civis como bases de operações, o que justificaria os ataques. Testemunhas relatam que mais de 30 prédios residenciais foram destruídos apenas na semana anterior à ofensiva terrestre.

“O objetivo de Israel é eliminar de vez o Hamas, e a Cidade de Gaza é o foco desse esforço militar”, afirmou uma fonte próxima ao governo israelense.



Além disso, a operação terrestre teve início um dia após reunião entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio. Segundo o site Axios, o presidente Donald Trump apoiaria a iniciativa, desde que a operação seja rápida e eficaz. Em suas redes sociais, Trump também declarou que o Hamas teria movido reféns para a superfície, a fim de usá-los como escudos humanos — uma acusação de caráter extremamente grave.

Impacto Humanitário e Situação dos Reféns

A situação humanitária na Cidade de Gaza se agrava a cada dia. Cerca de 1 milhão de pessoas vivem na região, e grande parte da população foi forçada a fugir devido à destruição generalizada de infraestrutura. A destruição de casas, hospitais e escolas deixa milhares de civis sem acesso a água, eletricidade, alimentos ou cuidados médicos.

Na semana anterior, o Hamas divulgou um vídeo mostrando reféns israelenses circulando de carro pela cidade, o que intensificou a pressão internacional sobre o grupo terrorista. No entanto, com o aumento da intensidade dos combates, a localização de civis israelenses sequestrados permanece incerta. O Hamas afirmou que perdeu contato com Matan Angrest e Omri Miran durante os ataques aéreos, o que pode significar captura, fuga ou pior.

Expansão da Crise com Ataques Fora de Gaza

Além dos combates em solo palestino, a crise se expandiu internacionalmente. Na semana passada, Israel realizou um ataque em Doha, no Catar, contra lideranças do Hamas. O Catar atua como mediador de possíveis acordos de cessar-fogo. A ação provocou grande repercussão e foi condenada por organizações internacionais, incluindo a ONU.

Portanto, a situação na Cidade de Gaza representa um dos capítulos mais críticos do conflito entre Israel e Hamas. Com o avanço das tropas israelenses, a destruição de infraestrutura, a degradação das condições humanitárias e a crescente preocupação com o destino de dezenas de reféns, a comunidade internacional acompanha a evolução dos acontecimentos com crescente preocupação.

Resumo dos principais pontos:

  • Israel inicia operação terrestre na Cidade de Gaza, considerada o último reduto do Hamas;
  • Brigadas al-Qassam perdeu contato com dois reféns israelenses durante bombardeios;
  • Combates destruíram dezenas de prédios e forçaram deslocamento de milhares de pessoas;
  • Presidente Trump apoiou a operação, mas exigiu rapidez;
  • Ataques israelenses a alvos do Hamas se estenderam a outros países, como o Catar.

Em conclusão, a Cidade de Gaza se tornou o epicentro de uma crise de grandes proporções, com implicações regionais e globais. O futuro da região e o destino de civis, sequestrados e refugiados dependem de ações urgentes de ambas as partes envolvidas.