O Exército israelense anunciou nesta sexta-feira (19) que utilizará uma força sem precedentes na Cidade de Gaza, em uma operação terrestre de grande impacto contra o Hamas. O aviso ocorre no mesmo dia em que termina o prazo dado aos palestinos para deixarem áreas consideradas de risco na região.
Situação crítica na Cidade de Gaza
Após semanas de intensos bombardeios, Israel inicia oficialmente a ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, que abriga cerca de um milhão de pessoas. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que “Gaza está em chamas” e reforçou que o objetivo é a completa destruição do Hamas.
Além disso, o Exército israelense fechou uma das últimas rotas de fuga disponíveis para os civis. Segundo o porta-voz militar Avichay Adraee, apenas uma única estrada permanece aberta, na direção sul da Faixa de Gaza. “A estrada Salah al-Din está fechada ao tráfego na direção sul. As Forças de Defesa de Israel continuarão atuando com uma força sem precedentes contra o Hamas e outras organizações terroristas“, declarou Adraee.
Êxodo de civis e colapso humanitário
Filas quilométricas de palestinos foram registradas nas estradas de saída da Cidade de Gaza. A situação se agrava com o fechamento de rotas de fuga, o que aumenta o risco para a população civil. Imagens mostram carros congestionados e pessoas fugindo a pé em meio ao caos.
- Evacuação forçada: Moradores recebem ordens para se deslocarem ao sul da Faixa de Gaza.
- Ataques a infraestrutura: Israel destrói edifícios e sistemas de comunicação.
- Apagão de comunicações: Nova onda de interrupções dificulta o fluxo de informações.
Antes da entrada das tropas, Israel realizou um cerco aéreo e terrestre por mais de um mês. O governo Netanyahu justifica os ataques com base na alegação de que o Hamas usava arranha-céus como centros de operações e coleta de inteligência militar.
Reações internacionais e críticas
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou fortemente a ofensiva. O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, exigiu: “Este massacre deve parar imediatamente. Peço a Israel que pare com sua destruição indiscriminada de Gaza“.
Portanto, um comitê independente apontou que Israel pode estar cometendo genocídio na Cidade de Gaza. O governo israelense nega as acusações e afirma que suas ações visam exclusivamente combater o terrorismo.
Perspectiva militar
Fontes militares israelenses informaram à agência Reuters que o número de tropas na região aumentará nas próximas semanas. O Exército israelense afirma estar preparado para uma operação prolongada até eliminar o Hamas da Cidade de Gaza.
Em conclusão, a Cidade de Gaza enfrenta uma das fases mais violentas de seu histórico recente. As tensões geopolíticas, os impactos humanitários e o potencial de escalada tornam a situação extremamente delicada — um cenário que exige atenção contínua da comunidade internacional.
