Cidade de Gaza sob intensos bombardeios: Israel promete destruição em nova ofensiva

Israel intensifica bombardeios na Cidade de Gaza com promessa de destruição total. Entenda a estratégia por trás dos ataques e os impactos humanitários da ofensiva.

Na manhã de 8 de setembro de 2025, Israel intensificou sua ofensiva contra a Cidade de Gaza, derrubando um arranha-céu de 12 andares no centro da cidade. Este foi o quarto prédio semelhante destruído em quatro dias consecutivos, parte de uma estratégia militar deliberada do governo israelense.

Estratégia de destruição vertical

O prédio atingido, conhecido como Al-Roya 2, abrigava dezenas de famílias deslocadas pela guerra. O Exército israelense alega que terroristas do Hamas instalaram meios de coleta de inteligência e dispositivos explosivos dentro do edifício. Portanto, o ataque teria como objetivo neutralizar ameaças estratégicas.



Além disso, Israel ordenou a evacuação do local três horas antes do ataque. No entanto, ainda não há confirmação sobre vítimas fatais ou feridos no momento da queda do prédio.

Tempestade de furacão prometida

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, deixou claro que a Cidade de Gaza seria atingida por uma “enorme tempestade de furacão”. Em um comunicado, ele declarou que qualquer edifício utilizado pelos terroristas do Hamas seria alvo direto. Consequentemente, a destruição de arranha-céus faz parte de uma operação maior que antecede a entrada de tropas terrestres na região.

  • Segunda-feira (8): Al-Roya 2
  • Domingo (7): Prédio Al-Roya
  • Sábado (6): Arranha-céu residencial não identificado
  • Sexta-feira (5): Segundo maior prédio de Gaza

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu revelou que, até então, Israel já havia destruído 50 edifícios que, segundo o governo, eram utilizados pelo Hamas. Portanto, a destruição vertical visa enfraquecer a infraestrutura de apoio ao grupo armado.



Operação terrestre iminente

Além dos bombardeios aéreos, Israel prepara uma operação terrestre na Cidade de Gaza. O governo israelense aprovou oficialmente, em meados de agosto, a tomada total da Faixa de Gaza, com a maior cidade do enclave como alvo principal.

O coronel Avichay Adraee, porta-voz do Exército israelense em árabe, ordenou a evacuação imediata de bairros estratégicos. No entanto, cerca de um milhão de palestinos, segundo a ONU, ainda vivem na região, muitos deles deslocados anteriormente.

Israel considera a Cidade de Gaza o último bastião do Hamas no território palestino. Assim, acredita-se que apenas com a tomada total da cidade será possível resgatar os reféns remanescentes e eliminar o grupo armado.

Conflito desde 2023

A guerra teve início em 2023, quando combatentes do Hamas lançaram um ataque surpresa no sul de Israel. Segundo as autoridades israelenses, 1.200 pessoas foram mortas, e mais de 250 reféns foram levados para a Faixa de Gaza. Embora a maioria tenha sido libertada em acordos anteriores, alguns permanecem como moeda de troca.

A ofensiva israelense já resultou na morte de mais de 64.000 palestinos, segundo autoridades médicas locais. Em conclusão, a situação humanitária na região é extremamente crítica, com grande parte da infraestrutura destruída e a população civil em constante risco.