A condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) gerou repercussão internacional significativa, especialmente nos Estados Unidos. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, confirmou que os EUA tomarão providências em resposta ao julgamento do ex-presidente brasileiro, considerado por autoridades americanas como uma “caça às bruxas”.
Reação iminente dos Estados Unidos
Em entrevista à Fox News, Rubio classificou os ministros do STF como “juízes ativistas” e criticou a condenação como uma tentativa de perseguir figuras políticas conservadoras. Além disso, ele acusou a Corte brasileira de aplicar medidas “extraterritoriais”, buscando punir cidadãos dos EUA. “Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso, e teremos alguns anúncios na próxima semana sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar”, declarou.
Essa declaração reforça a posição do governo Trump, que já havia tomado medidas concretas após a condenação de Bolsonaro. Em julho, o presidente norte-americano, Donald Trump, impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA, justificando a ação como retaliação ao que chamou de “perseguição política”.
Ações diplomáticas e comerciais
Além das tarifas, os EUA também revogaram os vistos de diversos ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, aplicando a Lei Magnitsky ao ministro. Essa lei prevê sanções financeiras, como bloqueio de contas bancárias, e foi utilizada como forma de pressionar o Judiciário brasileiro.
- Aplicação da Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes
- Imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros
- Revogação de vistos de ministros do STF
- Ameaças de investigações comerciais
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou a postura do governo ao afirmar que os EUA estão dispostos a “usar meios militares” para proteger a liberdade de expressão globalmente. No entanto, até o momento, nenhuma ação militar foi confirmada, apenas retórica política.
O que levou à condenação?
A condenação de Bolsonaro ocorreu após a análise da Primeira Turma do STF, que o considerou culpado por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Junto com o ex-presidente, outros sete réus foram condenados, incluindo ex-ministros e militares de confiança do governo anterior.
O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto e enfrenta inelegibilidade. Apesar disso, ainda tem condições de recorrer da decisão junto ao próprio STF e à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Quem mais foi condenado?
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil
Portanto, os desdobramentos políticos e jurídicos da condenação de Bolsonaro prometem impactar tanto o cenário interno quanto as relações internacionais do Brasil. A resposta dos EUA, com anúncios esperados na próxima semana, pode agravar ainda mais essa crise diplomática.