A Receita Federal combate o contrabando de celulares com apreensão de R$ 10,4 milhões
A Operação Fronteira RFB, coordenada pela Receita Federal, evidenciou a gravidade do contrabando de celulares ao apreender R$ 31,2 milhões em produtos ilegais até a quarta-feira (23). Dentre esses, R$ 10,4 milhões foram destinados a celulares e smartwatches, destacando-se como mercadorias mais visadas por criminosos.
Atuação intensiva em pontos de fronteira
Deflagrada em 20 de outubro, a operação resultou na prisão de 31 pessoas envolvidas em redes de contrabando. Agentes das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas realizaram buscas em centros de distribuição e depósitos clandestinos. Além de celulares, os serviços apreenderam 1.423 aparelhos e 22 smartwatches, armazenados em Dourados (MS), um dos principais eixos para tráfico ilícito.
Impacto econômico e social do contrabando de celulares
Como resultado das apreensões, comerciantes legais e produtores nacionais enfrentam sérios prejuízos. A sonegação de tributos, que ultrapassa R$ 10 milhões apenas em eletrônicos, reduz a arrecadação fiscal e compromete investimentos em serviços públicos. Além disso, as rotas de contrabando são frequentemente usadas para outros crimes, como tráfico de drogas e armas, devido à sua infraestrutura já consolidada.
Operação anual desde 2021: Ações integradas
A Receita Federal vem coordenando a Operação Fronteira RFB anualmente, iniciativa que reúne 400 servidores e agentes de 18 órgãos parceiros. Até 31 de outubro, a ação busca intensificar fiscalização em 4.000 km de fronteiras terrestres e litorais. O Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) alinha esforços para unificar ação entre União, estados e municípios, garantindo vigilância eficaz.
Resultados anteriores e escalabilidade
Na edição de 2024, a operação apreendeu R$ 78 milhões em mercadorias ilegais, incluindo 14,5 toneladas de drogas e 228 veículos utilizados no crime. O contrabando de celulares representa 13% do valor total apreendido, superado apenas por cigarros e eletrônicos falsos. Esses resultados demonstram a eficácia das estratégias adotadas para coibir atividades ilícitas.
Desafios e medidas futuras
Apesar dos avanços, a complexidade das rotas de contrabando exige modernização tecnológica e cooperação internacional. A Receita Federal já implementou rastreamento digital e parcerias com empresas de telecomunicação para identificar aparelhos não registrados. Portanto, é essencial que consumidores evitem produtos com preços extremamente abaixo do mercado e verifiquem a procedência antes da compra.