Operação clandestina de TI
Jin‑su, um ex‑técnico de TI norte‑coreano, usou centenas de identidades falsas para se candidatar a empregos remotos em empresas ocidentais. Ele enviou 85 % de seu salário de US$ 5 000 por mês ao regime, alimentando assim a crise econômica da Coreia do Norte. Além disso, o plano gerou entre US$ 250 e 600 milhões por ano, conforme relatório da ONU.
Como funciona
Primeiro, Jin‑su fingia ser chinês e pedia emprestadas identidades de cidadãos de países europeus. Em seguida, ele se aproximava de recrutadores dos Estados Unidos e da Europa, apresentando-se como profissional qualificado. Consequentemente, a maioria das vagas exigia apenas submissão de currículos e participação em chats de trabalho, facilitando a falsificação.
- Criação de perfis em plataformas de emprego.
- Solicitação de identidade emprestada.
- Apresentação em vídeo de prova de presença.
- Recebimento do salário via intermediários.
- Transferência de 85 % para contas controladas pelo regime.
No entanto, o esquema não se limitou apenas a salários. Alguns operacionais também hackearam dados de empregadores para exigir resgates, ampliando a renda ilícita. Portanto, o programa se tornou um dos principais motores de financiamento para programas nucleares e balísticos da Coreia do Norte.
Impactos globais
As sanções internacionais perseguem empresas que aceitam esses trabalhadores, mas a globalização do trabalho remoto dificulta a fiscalização. Em conclusão, a Coreia do Norte mantém um fluxo constante de capitais, reforçando seu poder de fogo e sua resiliência perante as sanções.
Precauções para empregadores
Recrutadores de TI devem validar identidades de forma rigorosa, exigindo documentos originais e verificando a origem de correio eletrônico. Além disso, a implementação de autenticação multifatorial reduz a probabilidade de fraude. Assim, empresas podem proteger-se contra a infiltração e a lavagem de dinheiro.