A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Benefícios do INSS conseguiu intimar o empresário Maurício Camisotti, conhecido como “Careca do INSS”, para prestar depoimento. O colegiado também convocou outros envolvidos em um esquema suspeito de superfaturamento de serviços ligados ao INSS.
O que levou à convocação?
O foco da CPMI está em entidades que teriam lucrado de forma irregular com a prestação de serviços ao Instituto Nacional do Seguro Social. Maurício Camisotti é apontado como um dos principais articuladores desse esquema, que movimentou mais de R$ 1 bilhão. Além disso, as investigações indicam que houve superfaturamento, desvio de verbas públicas e possível favorecimento a terceiros.
Quem é Maurício Camisotti?
Camisotti acumula um histórico de investigações ligadas a fraudes no setor previdenciário. A CPMI trabalha com indícios de que ele controlava empresas que atuavam como intermediárias em processos administrativos do INSS. Portanto, sua convocação é considerada um marco nas investigações.
No entanto, o empresário nega irregularidades e afirma que suas empresas atuavam dentro da legalidade. Mesmo assim, a pressão sobre os envolvidos cresce a cada dia. A comissão já colheu diversos depoimentos e espera que os novos contribuam para esclarecer os mecanismos usados no esquema.
Como funciona o processo da CPMI?
A CPMI tem poderes de investigação similares aos do Ministério Público. Isso inclui a convocação de testemunhas, quebra de sigilo bancário e fiscalização de documentos. Além disso, os depoimentos são gravados e podem ser usados em processos judiciais futuros.
- Convocação de testemunhas: a CPMI pode chamar qualquer pessoa envolvida em irregularidades;
- Quebra de sigilo: permite o acesso a dados financeiros e documentos;
- Colaboração com MPF: a comissão trabalha em parceria com o Ministério Público Federal.
Portanto, a convocação de Camisotti é mais uma etapa no caminho para desmontar uma das maiores fraudes ao INSS dos últimos anos. Em conclusão, o depoimento dele e dos demais envolvidos pode trazer à tona informações cruciais para punir os responsáveis e evitar novas práticas semelhantes.