O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou seu discurso de distanciamento público do escândalo envolvendo Jeffrey Epstein, declarando recentemente que “nunca teve o privilégio” de visitar a ilha particular do bilionário acusado de crimes sexuais. Durante uma viagem à Escócia, Trump afirmou ter recusado um convite de Epstein, qualificando aquele momento como “um dos meus melhores”.
O Discurso de Trump sobre a Ilha de Epstein
Em um ambiente de mídia internacional, o Donald Trump deixou claro que recusou a oportunidade de frequentar a propriedade isolada de Epstein, localizada nas Ilhas Virgens Americanas. Segundo declarações registradas, o chefe de Estado justificou a recusa como um ato de princípio, demonstrando clara negação a qualquer associação direta ou indireta com as acusações que envolvem a propriedade privada do empresário.
Uma Tentativa de Desvinculação Contínua
Estas afirmações representam mais uma tentativa da parte de Donald Trump de desconectar sua imagem política do complexo caso Epstein, que continua a alimentar especulações e investigações. Nos meses seguintes ao início de seu governo, a equipe republicana havia prometido investigações aprofundadas sobre os envolvidos com Epstein, incluindo suposta lista de nomes de pessoas que teriam cometido crimes sexuais ao lado do bilionário. A posição do governo mudou drasticamente, negando posteriormente a existência de tais registros.
Ao mesmo tempo que se posiciona contra a divulgação de supostas listas, informações internas indicam que Donald Trump constava em documentos relacionados a Epstein. O Wall Street Journal menciona que o gabinete presidencial informou a Trump sobre sua menção nos arquivos do empresário.
O Suicídio de Epstein e as Suspeitas
A morte de Jeffrey Epstein em 2019, durante prisão sob fiança, gerou fortes desconfianças. Embora oficialmente tratada como suicídio, teóricos da conspiração, tanto de sua base política quanto de opositores, sugerem que a morte pode ter sido ordenada. Promotores têm acusado Epstein de operar um esquema de tráfico sexual e abuso de menores na sua propriedade exclusiva nas Ilhas Virgens Americanas.
Os Vôos e a Amizade Prolongada
Os registros aéreos mostram que entre 1991 e 2005, Donald Trump utilizou aviões particulares ligados a Epstein em múltiplas ocasiões. Embora Trump tenha negado qualquer envolvimento e nenhuma irregularidade tenha sido comprovada, esses registros são utilizados como mais um pano de fundo para questionar as relações entre os dois.
Após décadas de convivência e proximidade, Trump recentemente redefiniu os motivos do rompimento da amizade, atribuindo-o a ações de Epstein que teriam tentado recrutar funcionários do gabinete do presidente. A Casa Branca, sob pressão crescente de apoiadores e adversários, continua envolvida em disputas sobre a transparência das investigações que envolvem os contatos de Epstein com figuras poderosas.
Diante das críticas e especulações, o Donald Trump não raras vezes retrai-se, chamando os envolvidos em investigações de “esquisitos” ou alegando que “democratas controlaram os arquivos por anos” com o objetivo de prejudicá-lo eleitoralmente, caso existissem provas contra ele.
A Persistência do Escândalo
O caso Epstein continua a ser uma sombra sobre Donald Trump, com investigações que parecem entrar em impasses e a opinião pública dividida sobre a transparência dos processos. As declarações recentes do presidente são mais uma etapa em sua contínua tentativa de reconstruir sua imagem perante um caso que ameaça sua reputação desde os tempos da campanha presidencial.
No final do dia, a questão permanece: Donald Trump realmente “nunca teve o privilégio” de visitar a ilha de Epstein? A resposta, como em muitos outros casos envolvendo o presidente, permanece obscura, mas as consequências para sua administração e imagem continuam evidentes.
