Eduardo Bolsonaro, escrivão da Polícia Federal (PF) e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está no centro de uma nova investigação administrativa. A corporação avalia abrir um novo Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra ele após declarações ofensivas proferidas durante uma live realizada nos Estados Unidos, onde atualmente reside.
Contexto do Caso
Durante a transmissão ao vivo, Eduardo Bolsonaro criticou duramente agentes da PF que atuam em investigações ligadas ao seu grupo político. Além disso, ele usou termos considerados desrespeitosos e desqualificadores contra os profissionais, o que gerou repercussão imediata dentro da instituição.
Por ser servidor público e ocupar cargo efetivo na PF, Eduardo Bolsonaro está sujeito ao Código de Ética da corporação. Portanto, condutas que possam comprometer a imagem institucional ou atentar contra a dignidade funcional são passíveis de apuração.
Repercussão na Polícia Federal
Agentes da PF manifestaram insatisfação com as declarações, considerando-as uma afronta ao trabalho técnico e imparcial realizado pela instituição. Além disso, integrantes da direção da corporação afirmaram que o caso será analisado com rigor.
Em resposta, a PF confirmou que estuda a abertura de um novo PAD, especialmente diante da gravidade das acusações e do potencial impacto na moralidade administrativa. Nesse sentido, o procedimento visa apurar se houve infração ética ou funcional cometida por Eduardo Bolsonaro.
Implicações para o Servidor
- Quebra do decoro profissional
- Ofensa a colegas de instituição
- Uso indevido da condição de servidor em rede social
- Risco de sanções administrativas, incluindo suspensão ou demissão
Além disso, especialistas em direito administrativo destacam que, ainda que Eduardo Bolsonaro esteja nos Estados Unidos, sua condição de servidor brasileiro mantém sua submissão às normas da PF. Consequentemente, a distância geográfica não o isenta de responsabilidades funcionais.
Em conclusão, o caso reforça a importância da conduta ética entre servidores públicos, especialmente aqueles ligados a instituições de segurança. A decisão sobre o PAD deve ser anunciada nas próximas semanas, após análise de provas e manifestações internas.