Epstein: FBI nega existência de informações sobre tráfico para terceiros

O diretor do FBI, Kash Patel, nega a existência de informações confiáveis de que Epstein traficava mulheres para terceiros. Entenda o contexto e as implicações políticas.

O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou de forma categórica que não há informações confiáveis de que Jeffrey Epstein traficava mulheres para terceiros. A declaração foi dada durante um interrogatório no Senado americano, onde Patel foi questionado sobre a condução de investigações sensíveis, incluindo o caso do ativista conservador Charlie Kirk.

O Depoimento de Kash Patel

Durante o depoimento, o senador republicano John Kennedy, da Louisiana, quis saber se o FBI possuía dados sobre Epstein traficando mulheres para outras pessoas além de si mesmo. Patel respondeu com firmeza: “Não há informações confiáveis. Nenhuma.” Além disso, ele destacou que, caso tais informações existissem, teriam sido apresentadas publicamente.



Portanto, a declaração de Patel reforça que as investigações atuais não encontraram provas substanciais de que Epstein atuava como intermediário em uma rede de tráfico mais ampla. Em vez disso, o FBI baseia suas conclusões nos arquivos disponíveis sobre o caso.

Polêmica em torno da transparência

Além disso, o diretor do FBI foi questionado sobre a decisão do Departamento de Justiça de não divulgar novos materiais relacionados à investigação de Epstein, tomada em julho. Essa escolha gerou críticas até mesmo de apoiadores do governo Trump, que esperavam revelações adicionais.

Patel garantiu que tudo o que for legalmente permitido será divulgado, respeitando as ordens judiciais em vigor. No entanto, Kennedy reforçou a necessidade de maior transparência: “Essa questão não vai desaparecer. O povo americano merece saber para quem Epstein traficava essas jovens.”



Epstein e a ligação com Donald Trump

O caso Epstein tem sido uma constante fonte de tensão para o governo Trump. Recentemente, o Partido Democrata divulgou uma suposta carta assinada por Donald Trump, com o desenho de uma mulher nua, enviada ao bilionário em 2003. Trump negou veementemente a autoria, chamando o documento de “um absurdo”.

Apesar disso, documentos da década de 1990 resgatados pela imprensa mostram assinaturas que se assemelham à da carta. Isso aumentou ainda mais o escrutínio público sobre a relação entre Trump e Epstein, que foram próximos nos anos 1990.

  • Epstein foi acusado de aliciar meninas entre 2002 e 2005;
  • Em 2008, fez um acordo com a Justiça, posteriormente invalidado;
  • Foi preso em 2019 e morreu na cadeia dias depois;
  • Durante a campanha de 2024, Trump prometeu revelar uma lista de clientes suspeitos;
  • No entanto, o Departamento de Justiça negou a existência dessa lista.

Além disso, a mudança de narrativa por parte do governo — ao afirmar que a lista é uma farsa — irritou setores da base republicana, que acreditam em teorias da conspiração sobre o caso.

Em Conclusão

Portanto, as declarações mais recentes do FBI reafirmam a ausência de provas concretas de que Epstein traficava mulheres para terceiros. Apesar disso, o caso continua sendo um ponto sensível na política americana, especialmente em relação à figura de Donald Trump. A demanda por transparência e justiça ainda persiste entre os cidadãos e o Congresso.