Em um movimento diplomático significativo, Portugal reconheceu oficialmente o Estado da Palestina, juntando-se a uma crescente lista de nações que apoiam a soberania palestina. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Paulo Rangel, em Nova York, durante a Assembleia-Geral da ONU.
Decisão estratégica de Portugal
Rangel afirmou que o reconhecimento do Estado da Palestina é uma concretização da política externa portuguesa, tradicionalmente comprometida com a solução de dois Estados. Além disso, o ministro destacou a urgência de um cessar-fogo em Gaza e a necessidade de libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
“Defendemos a solução de dois Estados como o único caminho para uma paz justa e duradoura”, declarou Rangel, reforçando a posição oficial do governo português.
Reino Unido, Canadá e Austrália seguem o exemplo
Além de Portugal, outros três países anunciaram simultaneamente o reconhecimento do Estado da Palestina:
- Reino Unido: Primeiro-Ministro Keir Starmer confirmou o reconhecimento como forma de reativar a esperança por uma solução pacífica.
- Canadá: Primeiro-Ministro Mark Carney destacou a importância do reconhecimento para a construção de um futuro pacífico.
- Austrália: O Primeiro-Ministro Anthony Albanese ressaltou o direito histórico do povo palestino à autodeterminação.
Esses três países são os primeiros do G7 a reconhecer oficialmente o Estado da Palestina, marcando um momento histórico na diplomacia internacional.
Pressão internacional cresce
O reconhecimento por parte de Portugal, Reino Unido, Canadá e Austrália intensifica a pressão internacional sobre Israel. Portanto, outros países europeus, como França e Bélgica, já manifestaram intenções semelhantes.
No entanto, algumas potências europeias ainda hesitam, incluindo Alemanha, Itália e Áustria. Na América Latina, o movimento também cresce: Brasil, Colômbia, México e Bolívia já adotaram posições favoráveis ao Estado da Palestina.
Histórico do reconhecimento internacional
Desde a declaração de independência da Palestina em 1988, liderada pela OLP, mais de 140 países já reconheceram o Estado da Palestina. Em 2012, a Assembleia-Geral da ONU elevou o status da Palestina para “Estado não membro”, consolidando sua posição simbólica no cenário internacional.
Na última década, novos países aderiram ao reconhecimento:
- 2014: Islândia e Suécia reconhecem o Estado palestino.
- 2023: México anuncia apoio e planeja abrir embaixada em território palestino.
- 2024: Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovênia rompem o silêncio europeu e reconhecem oficialmente o Estado.
- 2025: Países como Bahamas, Trinidad e Tobago e Colômbia reafirmam seu apoio.
Implicações políticas e humanitárias
O agravamento da crise humanitária em Gaza e a expansão de colônias israelenses na Cisjordânia têm impulsionado a onda de reconhecimento internacional. Diante disso, o movimento é visto como uma tentativa de reequilibrar o cenário político e pressionar por uma solução pacífica e justa.
Em conclusão, o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal e outros países sinaliza uma mudança significativa na diplomacia global. A solução de dois Estados continua sendo o caminho mais viável para garantir estabilidade e justiça para ambas as partes envolvidas.
