A Pesquisa que Revela as Rodovias Mais Perigosas do Brasil
A malha viária do Brasil apresenta uma contradição alarmante: enquanto grandes trechos estão equipados com modernas infraestruturas, outros permanecem negligenciados, gerando o apelido de “estradas da morte”. Um estudo recente, conduzido pela Fundação Dom Cabral (FDC) em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), analisou dados de 2018 a 2024 para identificar as rodovias federais mais perigosas.
Métodologia de Avaliação
O estudo focou em rodovias com pelo menos 1.000 veículos diários, considerando dois critérios fundamentais: volume de acidentes e taxa de severidade (TSAc). A primeira métrica mede a quantidade de ocorrências, enquanto a segunda avalia a gravidade dos incidentes, desconsiderando o fluxo de tráfego.
Tabelas Comparativas
Confira os resultados em duas categorias distintas:
Pelo Número de Acidentes:
- BR-101: 10.353 acidentes
- BR-116: 9.692 acidentes
- BR-381: 2.850 acidentes
Pela Taxa de Severidade:
- BR-116: 1,26
- BR-101: 1,10
- BR-364: 0,50
Fatores que Agravam o Perigo
Trechos como a BR-101, que liga estados do Nordeste ao Sudeste, sofrem com a mistura de condições climáticas adversas e excesso de tráfego. Já a BR-116, principal via do Sudeste, enfrenta problemas estruturais em regiões de alta densidade populacional. Além disso, acidentes graves frequentemente estão ligados a descuidos como excesso de velocidade ou condições precárias de pavimentação.
Soluções e Prevenção
Para reduzir os riscos, especialistas recomendam investimentos em sinalização vertical, reformas na infraestrutura e campanhas de conscientização. Leis mais rígidas e fiscalização com radares avançados também são apontadas como ferramentas essenciais.
Conclusão
A classificação de “estradas da morte” não é apenas uma expressão, mas um alerta urgente. A combinação de dados quantitativos e qualitativos revela padrões de risco que exigem atenção imediata. Motoristas devem adotar práticas de segurança rigorosas, enquanto autoridades precisam priorizar melhorias estruturais e educacionais.
