Os exercícios militares Rússia-Belarus realizados em setembro de 2025 chamaram atenção internacional, especialmente após a participação direta do presidente russo, Vladimir Putin. Com a justificativa de reforçar a defesa conjunta, as manobras ocorreram em um momento delicado nas relações com a Otan, agravadas por episódios recentes envolvendo drones russos.
Putin inspeciona operações em campo militar
No último dia dos exercícios militares Rússia-Belarus, Vladimir Putin apareceu em um campo de treinamento na região de Nizhny Novgorod, cerca de 400 km a leste de Moscou. O líder russo, trajando farda militar, avaliou de perto sistemas de guerra e interagiu com tropas. Além disso, Putin testemunhou demonstrações de tecnologia de ponta, incluindo equipamentos de detecção e neutralização de drones.
Contexto geopolítico dos exercícios
Os exercícios militares entre Rússia e Belarus ocorreram poucos dias após um incidente com drones russos que invadiram o espaço aéreo da Polônia. O governo polonês invocou o Artigo 4 do tratado da Otan, o que gerou preocupação entre os aliados da aliança. No entanto, a Otan declarou que, por enquanto, não vê uma ameaça militar direta dos exercícios.
Apesar disso, a coincidência entre as manobras e os ataques aéreos aumentou a sensação de que a Rússia busca pressionar suas fronteiras de forma estratégica. O Kremlin, por sua vez, afirma que os exercícios não são direcionados contra ninguém, embora envolvam simulações realistas de combate.
Força e tecnologia em campo
Os exercícios militares Rússia-Belarus mobilizaram mais de 100 mil soldados, além de 240 navios de guerra, entre submarinos e embarcações de superfície. Helicópteros de ataque, veículos terrestres e aeronaves de diversos tipos também participaram das operações. Além disso, houve a simulação de uso de armas nucleares e o lançamento do míssil balístico hipersônico Oreshnik, já utilizado anteriormente na Ucrânia.
Portanto, o teste de mísseis hipersônicos reforça a intenção de Moscou de demonstrar poderio militar. A Rússia ainda testou o míssil Tsirkon, o que surpreendeu observadores internacionais. Além disso, os exercícios receberam uma visita inesperada de militares dos Estados Unidos, que estiveram em Belarus para monitorar as atividades.
Repercussão internacional
- A Otan reage com cautela, sem declarar ameaça imediata;
- Polônia se mantém alerta após invocar o Artigo 4;
- EUA monitoram de perto os desdobramentos;
- Ucrânia vê nos testes de mísseis uma ameaça crescente.
Em conclusão, os exercícios militares Rússia-Belarus representam uma demonstração de força em um cenário geopolítico instável. A presença de Putin no campo de treinamento reforça o compromisso com a aliança militar, enquanto tecnologias avançadas, como mísseis hipersônicos, aumentam a pressão sobre os adversários estratégicos.
