Guerra contra o narcoterrorismo: EUA intensificam operações no Caribe e ameaçam novos ataques

EUA declaram guerra contra o narcoterrorismo com operações militares no Caribe. Marco Rubio afirma que mais embarcações serão destruídas e ameaça ação contínua contra o tráfico.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta quarta-feira (3) que o presidente Donald Trump está preparando uma guerra contra o narcoterrorismo. Em declarações contundentes, Rubio afirmou que os Estados Unidos não hesitarão em explodir embarcações suspeitas no Caribe, caso sejam consideradas uma ameaça ao tráfico de drogas.

Ação militar no Caribe

A declaração de Rubio faz referência direta ao ataque ocorrido na terça-feira (2), quando forças militares dos EUA atacaram uma embarcação venezuelana pertencente à gangue Tren de Aragua. Segundo informações oficiais, o barco transportava grandes quantidades de drogas em direção ao território norte-americano. O saldo da operação foi de onze mortos.



Além disso, o secretário reforçou que a interceptação de embarcações não é mais considerada uma estratégia eficaz. Portanto, os EUA passam a adotar uma postura mais agressiva, com a destruição imediata de embarcações que transportarem substâncias ilícitas. “Se você estiver em um barco cheio de cocaína ou fentanil, é uma ameaça imediata aos Estados Unidos”, declarou Rubio.

Estratégia de intimidação

A guerra contra o narcoterrorismo tem como foco principal desarticular as rotas marítimas utilizadas por grupos criminosos. No entanto, analistas apontam que a ação tem também um caráter político, visando pressionar o governo venezuelano de Nicolás Maduro.

O presidente Trump comemorou a operação em suas redes sociais e advertiu que novos bombardeios “vão acontecer de novo”. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, já havia sinalizado que mais ações seriam tomadas na região.



Operação militar em larga escala

Os Estados Unidos enviaram ao sul do Caribe pelo menos sete navios de guerra, um submarino nuclear, além de aviões de vigilância e mais de 4.500 militares. O esquadrão anfíbio inclui o USS Iwo Jima, que patrulha a região desde agosto de 2025.

  • 7 navios de guerra posicionados no Caribe;
  • 1 submarino nuclear;
  • Mais de 4.500 militares envolvidos;
  • Aviões de vigilância P-8 sobrevoando a região.

A Casa Branca justifica a operação como uma resposta ao tráfico de drogas. Contudo, há indícios de que o alvo principal seja o presidente Nicolás Maduro, acusado de liderar o suposto Cartel de los Soles, classificado pelos EUA como uma organização terrorista.

Recompensa e tensão política

O governo norte-americano oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura de Maduro, considerado um “fugitivo da Justiça”. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo Trump usará “toda a força” contra o regime venezuelano.

Segundo o site Axios, Trump solicitou um “menu de opções” sobre a Venezuela, o que indica que autoridades norte-americanas não descartam uma intervenção ainda maior no futuro. Enquanto isso, Caracas intensifica a mobilização militar como forma de se proteger de um possível ataque externo.

Em conclusão, a guerra contra o narcoterrorismo anunciada pelos EUA marca uma nova fase nas relações entre os Estados Unidos e a Venezuela. Com a utilização de força militar e pressão política, Washington busca não apenas combater o tráfico de drogas, mas também enfraquecer o governo de Nicolás Maduro.