A Guiana apoia EUA no Caribe em uma movimentação que intensifica as tensões geopolíticas na região. O presidente Irfaan Ali declarou apoio à operação militar norte-americana, cujo objetivo oficial é combater o tráfico de drogas na América Latina.
Declaração de Ali reforça alinhamento com os EUA
O presidente da Guiana fez o anúncio em meio a uma disputa territorial com a Venezuela pelo controle da região de Essequibo. Além disso, seu apoio chega um dia após o governo guianense reportar disparos vindos do território venezuelano contra uma embarcação que transportava material eleitoral.
Irfaan Ali disse que o país irá apoiar “tudo o que eliminar qualquer ameaça à nossa segurança”. Portanto, a iniciativa dos Estados Unidos é vista como uma ação estratégica contra o crime transnacional e o narcotráfico, que afetam diretamente a soberania guianense.
Disputa territorial com a Venezuela
A relação entre Guiana e Venezuela é historicamente conturbada. Em 2024, o governo de Nicolás Maduro realizou um referendo para anexar a região de Essequibo, reivindicada pela Venezuela desde o século XIX. A medida foi aprovada internamente, embora não reconhecida internacionalmente.
No entanto, a presença dos EUA no Caribe é interpretada de forma diametralmente oposta pelos dois lados. Enquanto a Guiana vê a operação como uma parceria estratégica, a Venezuela acusa o vizinho de colaborar com interesses externos.
Maduro denuncia “frente de guerra” no continente
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, acusou a Guiana de tentar criar uma “frente de guerra” no continente. Segundo ele, o governo guianense teria divulgado informações falsas sobre um ataque a uma de suas embarcações.
A Guiana, por sua vez, afirma que a lancha-patrulha alvo do ataque transportava militar e policial para proteger funcionários eleitorais. O comunicado oficial do governo destaca que a equipe foi colocada a salvo e que não houve feridos nem danos ao material eleitoral.
Recompensa de US$ 50 milhões por Maduro
No contexto dessa escalada, o governo norte-americano aumentou em agosto de 2024 a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro. O valor alcançou US$ 50 milhões, devido aos supostos vínculos do presidente venezuelano com cartéis do narcotráfico.
Padrino López criticou a iniciativa e chamou os governos que apoiam os EUA de “vassalos” da narrativa imperialista. Em sua visão, tais ações só alimentam a instabilidade na região.
Conclusão: o que o apoio da Guiana significa?
Portanto, a Guiana apoia EUA no Caribe em uma demonstração clara de alinhamento com a política de segurança regional dos norte-americanos. Apesar da crítica venezuelana, o governo guianense reafirma sua postura pró-atividade contra o crime organizado.
Essa posição pode aprofundar ainda mais as divisões políticas na América Latina. Em conclusão, o cenário atual revela como disputas territoriais e alianças externas moldam a dinâmica geopolítica da região.
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