Igreja centenária de 672 toneladas é transferida em Kiruna, Suécia, para proteger a mina de ferro

O contexto da transferência

A cidade de Kiruna, no norte da Suécia, tem enfrentado desafios estruturais devido à expansão da maior mina subterrânea de minério de ferro do mundo. Em resposta, as autoridades decidiram mover a Igreja centenária de 672 toneladas, uma obra de madeira de 113 anos de idade, para um local mais seguro, a aproximadamente cinco quilômetros do ponto original. Esse movimento faz parte de um projeto de décadas que visa proteger a comunidade e preservar a história da região.

Como a transferência foi realizada

Para garantir a segurança, engenheiros projetaram plataformas de reboque com controle remoto que suportam a estrutura pesada. Em 19 de agosto, a Igreja centenária saiu do seu antigo templo, sendo içada por dois caminhões especializados. A operação, transmitida ao vivo pela emissora pública SVT, contou com a benção de representantes da Igreja Luterana e atraiu cerca de 10 mil espectadores, incluindo o rei Carlos XVI Gustavo.

Impacto na comunidade

Além disso, a realocação da Igreja centenária representa um marco de engenharia civil, demonstrando a capacidade de movimentar construções complexas com precisão. No entanto, a iniciativa também gerou preocupações entre os povos indígenas Sami, que dependem das rotas de migração de renas na região. A expansão da mina pode afetar esses caminhos tradicionais, colocando em risco a subsistência dos pastores de renas.

O futuro da Igreja centenária

O edifício permanecerá fechado ao público por um ano, enquanto as equipes de engenharia ajustam sua nova localização e ampliam as estradas para suportar a massa. Em conclusão, a Igreja centenária deverá reabrir suas portas no final de 2026, permitindo que a comunidade continue a celebrar seu patrimônio cultural em um ambiente seguro.

Aspectos financeiros e logísticos

A LKAB, operadora da mina, financiou a realocação com um orçamento de 500 milhões de coroas suecas, equivalente a cerca de R$ 290 milhões. Para acomodar a Igreja centenária, as autoridades alargaram as vias de acesso e instalaram sistemas de monitoramento em tempo real. Esse investimento, embora elevado, garante a preservação de um ícone arquitetônico que já foi reconhecido como a construção mais bonita da Suécia.