Ímãs fabricados com metais de terras raras tornaram-se o foco da rivalidade comercial entre a China e os Estados Unidos. Quando o presidente Donald Trump ameaçou impor uma tarifa de 200%, a tensão aumentou, colocando os ímãs no centro das negociações.
A cadeia de produção chinesa
A China detém as maiores reservas mundiais de neodímio, um dos principais componentes dos ímãs de alta potência. Além disso, controla toda a cadeia produtiva, desde a extração do minério até a fabricação final. Assim, a nação pode limitar a exportação, como já aconteceu em resposta às tarifas americanas.
Impacto na indústria automotiva
Os ímãs são essenciais para motores elétricos, baterias e outros dispositivos eletrônicos que impulsionam a revolução dos veículos elétricos. Enquanto montadoras americanas dependem das importações, a indústria chinesa aposta na produção integrada, reduzindo custos e acelerando a inovação.
- Na China, é possível comprar um carro elétrico por cerca de R$ 30 mil.
- No Brasil, o modelo mais barato custa R$ 75 mil.
- Nos EUA, o preço mínimo gira em torno de R$ 115 mil.
Empresas como a BYD, maior montadora chinesa, investem pesado em patentes, registrando cerca de 45 patentes por dia. Essa estratégia garante domínio tecnológico e fortalece a posição da China no mercado global.
Perspectivas futuras
Com o mercado americano restrito, os veículos chineses ganham terreno em países como o Brasil. A gigante BYD afirma que o Brasil é crucial para sua estratégia global.
Além disso, a China projeta lançar 100 mil carros voadores até 2030, com apoio direto do governo para financiamento, regulamentação e licenciamento. Esse avanço demonstra a ambição de dominar não apenas o setor terrestre, mas também o aéreo.
Portanto, o controle dos ímãs de terras raras representa mais que um recurso estratégico; ele simboliza a capacidade de inovação e a disputa pelo futuro da mobilidade elétrica.
