A Importância da Inovação Real e IA no Contexto Corporativo
A inovação real e IA estão redefinindo o mercado de trabalho e as estratégias empresariais. Durante um recente episódio do podcast Canaltech, Rafael Sbarai, head de inovação e produto no iFood, destacou a diferença entre adotar tendências passageiras e estabelecer áreas de pesquisa estruturadas nas empresas.
Tres Horizontes para a Inovação Sustentável
Para Sbarai, empresas verdadeiramente inovadoras atuam em três horizontes temporais: horizonte 1 (H1) para otimização imediata, horizonte 2 (H2) para escalabilidade e horizonte 3 (H3) para desafios de longo prazo. A Amazon, por exemplo, investe mais de US$ 10 bilhões anualmente em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), um modelo referência na indústria.
Cultura de testes é essencial para essa abordagem. Sbarai classifica como um “artigo de luxo” tolerar falhas e experimentações rápidas, especialmente em um cenário onde a eficiência imediata é priorizada. Além disso, ele reforça que a IA, embora revolucionária, não substitui a inteligência humana em decisões estratégicas ou compreensão contextual.
“A IA não toma decisões, não sente emoções e não compreende ironias ou relações humanas. A sabedoria para discernir contextos permanece exclusivamente humana”.
Desafios da IA na Era da Informação Superficial
Com o surgimento do zero click content, respostas diretas de IA eliminam a necessidade de acesso a fontes externas, gerando riscos de credibilidade e disseminação de deep fakes. Sbarai alerta para a ameaça crescente desses conteúdos falsos, exigindo regulação rigorosa.
No entanto, ele defende que a valorização da curadoria e especialização será o trunfo para profissionais que ofereçam análise crítica em um mercado saturado por informações geradas por máquinas. “A profundidade e a segmentação de conteúdo serão diferenciais indispensáveis”, afirma.
Recomendações para Profissionais e Líderes
Para se preparar para esse futuro, Sbarai sugere que profissionais de todas as áreas consumam conteúdos técnicos para aumentar sua maturidade tecnológica e reduzir a ansiedade diante das transformações. Empresas também devem equilibrar inovação e responsabilidade, integrando IA como suporte, não substituto, da tomada de decisão humana.
