Inteligência Artificial e Memória: O Clone de Suzanne Somers
Atriz e autora Suzanne Somers, famosa por suas contribuições à saúde e entretenimento, faleceu em 2023 após uma batalha contra o câncer de mama. Seu ex-companheiro, o apresentador de TV Alan Hamel, resolveu honrar sua memória criando um clone de Inteligência Artificial (IA), capaz de interagir com fãs e clientes. Hamel afirma que o resultado é tão próximo da realidade que até ele, que conviveu com Suzanne por 55 anos, dificulta distinguir entre a atriz original e o digital.
A Inovação por Trás do Projeto
A IA foi desenvolvida a partir de 27 livros escritos por Somers e centenas de entrevistas concedidas durante sua carreira. Além disso, o sistema foi treinado para reproduzir não apenas seu tom de voz, mas também seu estilo de resposta em temas como saúde e bem-estar. Hamel explicou que a integração do clone ocorrerá no site da marca de produtos de beleza de Suzanne (suzannesomers.com), garantindo interações “24 horas por dia”.
Colaboração com Especialistas
A ideia de criar a IA surgiu de conversas frequentes entre Hamel, Somers e o futurista Ray Kurzweil, reconhecido como um dos mentores da tecnologia moderna. Segundo Hamel, Bill Gates já descreveu Kurzweil como “o homem mais inteligente do planeta”. A atriz, antes de sua morte, sugeriu a criação do clone para conectar-se com fãs, especialmente em discussões sobre saúde e longevidade.
Ética e Repercussão
No entanto, a família de Somers precisou avaliar cuidadosamente como o projeto seria recebido. Felizmente, todos apoiaram a iniciativa, vendo-a como uma homenagem. A IA também foi validada pela Life Extension, instituição que promove pesquisas em suplementos e terapias para prolongar a vida. Hamel detalhou que as respostas da IA em questões de saúde são baseadas em entrevistas com médicos revisadas pela instituição.
Comparação com Outros Projetos de IA
Enquanto a IA de Somers busca preservar legado, outras iniciativas, como a de um programador que criou um chatbot para “reproduzir” uma namorada falecida, geram debates sobre ética e realismo. No caso de Somers, no entanto, o foco é educativo e emocional, sem implicações românticas.
Portanto, o projeto de Alan Hamel ilustra como a Inteligência Artificial pode transcender barreiras temporais, conectando pessoas a memórias e saberes de forma inovadora. A tecnologia, aliada à criatividade, redefine como homenageamos aqueles que já não estão conosco.
