A Controversa Posição do CEO da Epic Games
Tim Sweeney, CEO da Epic Games, voltou a provocar polêmicas nesta quarta-feira (26) ao reafirmar sua posição contra a obrigatoriedade de lojas digitais, como o Steam, indicarem quando jogos utilizam Inteligência Artificial Generativa. Para ele, exigir transparência sobre o uso de IA em jogos é como pedir que desenvolvedores informem qual shampoo usam — uma medida irrelevante e ridícula.
A IA como Ferramenta Normalizada
Em resposta a críticas do ex-desenvolvedor da Unreal Engine, Matt Workman, que defendia a exclusão do termo “Feito com IA” em marketplaces digitais, Sweeney argumentou: “A IA estará envolvida em quase toda a produção futura de jogos”. Ele destacou que selos de transparência são úteis em exposições de arte ou licenciamento de conteúdo, mas não em lojas de jogos, onde a tecnologia se tornará essencial.
Caso Arc Raiders: Contraste Entre Plataformas
O Steam exige que desenvolvedoras como a Embark Studios, criadora de Arc Raiders, informem o uso de IA generativa na dublagem de NPCs. No entanto, a Epic Games Store não adota tal prática, reforçando a visão de Sweeney. O executivo ironizou: “Por que parar no uso de IA? Poderíamos exigir divulgações sobre a marca de shampoo do desenvolvedor”.
Resistência e Controvérsias
Apesar do posicionamento de Sweeney, a Inteligência Artificial Generativa enfrenta resistência por parte de artistas e jogadores, que acusam ferramentas de plágio. Um exemplo recente é a críticas à Activision por usar IA para imitar o estilo do Studio Ghibli em Call of Duty: Black Ops 7, sem alerta inicial no Steam.
Impacto na Indústria de Hardware
Ironicamente, Sweeney também alertou sobre os efeitos colaterais do boom da IA: o aumento nos preços da memória RAM atingirá jogadores de alto desempenho por anos. Segundo ele, fabricantes como Samsung e SK Hynix priorizaram contratos com data centers de IA, elevando preços em até 200%. Isso reflete a crescente dependência da indústria de computação paralela por jogos.
Perspectivas Futuras
Com a Epic Games prometendo integrar IA em produtos como Fortnite, a discussão sobre transparência e ética na tecnologia continua. Enquanto plataformas como o Steam buscam clareza, Sweeney defende uma indústria que normalize a IA sem restrições excessivas.
