A invasão do espaço aéreo da Estônia por três caças russos MiG-31 gerou uma forte reação internacional na sexta-feira (19). O governo estoniano classificou o episódio como uma “incursão descarada” e sem precedentes, ocorrida sobre o Golfo da Finlândia. Este é apenas o mais recente de uma série de eventos que revelam o aumento das provocações russas na região.
Rússia invade espaço aéreo da Estônia
Segundo autoridades estonianas, três caças russos violaram o espaço aéreo do país sem autorização e permaneceram por aproximadamente 12 minutos. Além disso, a Estônia informou que a OTAN respondeu rapidamente ao episódio, interceptando as aeronaves. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia responderá a cada provocação russa com força proporcional.
Portanto, o ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, declarou: “A Rússia já violou nosso espaço aéreo quatro vezes este ano. No entanto, a incursão de hoje, com três caças, é uma ousadia sem precedentes.”
Reações internacionais e implicações estratégicas
Além da Estônia, outros países da NATO têm relatado violações aéreas semelhantes. Polônia e Romênia também acusaram a Rússia de enviar drones para seus territórios em operações suspeitas. Essas ações demonstram uma tentativa de testar os limites da resposta ocidental, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022.
Drones russos sobre a Polônia
- Na madrugada do dia 10 de setembro, drones russos violaram o espaço aéreo polonês.
- A Polônia acionou caças da NATO para interceptar os drones, abatendo ao menos alguns deles.
- O primeiro-ministro Donald Tusk declarou que a Polônia está pronta para reagir a qualquer provocação.
Além disso, o incidente resultou no fechamento temporário do aeroporto de Varsóvia e na suspensão de voos comerciais. Autoridades locais relataram que uma casa foi atingida em Lublin, mas sem feridos.
Invasão do espaço aéreo na Romênia
Já no último sábado (13), a Romênia relatou a violação de seu espaço aéreo por um drone russo durante um ataque ao oeste da Ucrânia. Pilotos romenos voaram jatos F-16 para interceptar o dispositivo, que voava em baixa altitude. O Ministério da Defesa romeno confirmou que o drone deixou o espaço aéreo nacional em direção à Ucrânia.
A resposta da NATO e da União Europeia
A NATO reafirmou seu compromisso com a defesa coletiva, prevista no Artigo 5 do tratado. Embora a invasão do espaço aéreo não seja automaticamente considerada uma agressão militar, a aliança já tomou medidas concretas. Equipamentos e tropas foram enviados para o leste europeu, especialmente para Polônia e Lituânia, como forma de reforçar a presença militar na região.
A Alta Representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, classificou a invasão estoniana como uma “provocação extremamente perigosa”. Ela acusou Vladimir Putin de testar a determinação do Ocidente, o que intensifica a pressão sobre os países membros para manterem uma postura firme.
Conclusão
Portanto, a crescente frequência de invasões do espaço aéreo por parte da Rússia demonstra uma estratégia deliberada de desestabilização. Esses episódios não apenas aumentam as tensões na região, mas também colocam à prova a unidade e a capacidade de resposta da NATO e da União Europeia. A vigilância aérea e a cooperação militar entre os aliados tornam-se cada vez mais essenciais diante de um cenário geopolítico instável.
