Na manhã de 1º de outubro de 2025, Israel intercepta barcos de ativistas que navegavam em direção à Faixa de Gaza. A operação, conduzida pela Marinha israelense, ocorreu em meio a crescente tensão no Mediterrâneo, quando uma flotilha de ajuda humanitária tentava romper o bloqueio marítimo imposto à região.
Operação de interceptação gera repercussão internacional
O Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou um vídeo em que a ativista Greta Thunberg aparece recebendo água. “Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis”, informou o governo em um post nas redes sociais. A presença da conhecida ativista ambiental chamou atenção da mídia internacional e de organizações de direitos humanos.
Além disso, o governo de Israel vinculou os embarcações ao grupo Hamas, justificando a interceptação com base em preocupações de segurança. Israel intercepta barcos alegando que a área marítima próxima a Gaza é uma zona de combate ativa. Portanto, a Marinha israelense teria alertado a flotilha a mudar a rota, oferecendo a transferência da ajuda por canais humanitários seguros.
Detalhes da missão da flotilha
Organizada pelo grupo Global Sumud, a flotilha partiu de Barcelona, na Espanha, no dia 31 de agosto, com cerca de 44 barcos e aproximadamente 500 pessoas. O objetivo declarado do grupo era entregar ajuda humanitária à população de Gaza, que enfrenta severas restrições de acesso a alimentos, medicamentos e outros recursos essenciais.
- Partida de Barcelona, em 31 de agosto de 2025
- 44 embarcações, com 500 voluntários
- Destino: Faixa de Gaza, originalmente para 2 de outubro
- Objetivo: Entregar ajuda humanitária
Apesar dos esforços do governo de Israel, a Global Sumud afirmou que os barcos foram ilegalmente interceptados. “Trata-se de um ataque israelense”, disse o grupo em comunicado. De acordo com os ativistas, câmeras de monitoramento a bordo dos barcos foram desligadas, dificultando a verificação dos fatos.
Reações de governos europeus
Diante dos acontecimentos, a Itália e a Grécia enviaram um comunicado ao governo de Israel solicitando que os militares evitassem ações de força contra os ativistas. No entanto, a ajuda humanitária que a flotilha pretendia entregar foi alvo de negociações. Os países sugeriram a entrega à Igreja Católica, que atuaria como intermediária. Os organizadores da missão rejeitaram a proposta, mantendo a decisão de seguir diretamente para Gaza.
Antes da interceptação, a Espanha e a Itália haviam mobilizado navios de guerra com vistas a possíveis resgates. Contudo, quando a flotilha estava a menos de 300 km de Gaza, os navios europeus deixaram de acompanhá-la, de acordo com informações da Reuters. Israel intercepta barcos alegando que a operação ocorreu de forma segura e legal, fora de zonas de conflito ativo.
Conclusão: tensão e ajuda humanitária
A interceptação de barcos com ativistas rumo a Gaza reacende o debate sobre o acesso humanitário à região. Enquanto o governo de Israel afirma garantir a segurança da operação, a Global Sumud e organizações de direitos humanos denunciam restrições ilegais à liberdade de movimento de civis. Israel intercepta barcos como parte de sua política de bloqueio, alegando riscos à segurança nacional. A situação continua sendo monitorada por órgãos internacionais e agências de notícias ao redor do mundo.