Jimmy Kimmel tem programa interrompido após polêmica declaração sobre morte de Charlie Kirk

Após polêmica declaração sobre o assassinato de Charlie Kirk, Jimmy Kimmel tem programa suspenso pela ABC. Entenda os detalhes.

O apresentador Jimmy Kimmel está temporariamente fora do ar após uma declaração considerada controversa sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. A rede americana ABC anunciou, nesta quarta-feira (17), a suspensão do programa “Jimmy Kimmel Live!” por tempo indeterminado.

A polêmica declaração de Jimmy Kimmel

Durante seu monólogo na segunda-feira (15), Jimmy Kimmel afirmou que o acusado pelo assassinato de Charlie Kirk, Tyler Robinson, estava sendo politicamente rotulado pela turma do MAGA como um deles, mesmo que não fosse. A declaração gerou reações imediatas de líderes políticos e executivos da mídia. Além disso, o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, exigiu que emissoras locais interrompessem a transmissão do programa.



Andrew Alford, da Nexstar, responsável por afiliadas da ABC, classificou os comentários do apresentador como “ofensivos e insensíveis em um momento crítico do debate político nacional”. Portanto, a emissora decidiu agir de forma imediata e preventiva.

Quem foi Charlie Kirk?

Charlie Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e uma figura central na mobilização do voto jovem a favor de Donald Trump nas eleições de 2016 e 2024. Seus eventos universitários atraíam multidões e geravam grande repercussão política.

  • Defensor de valores cristãos e do livre mercado
  • Crítico da esquerda e defensor do movimento MAGA
  • Autor de livros como “Campus Battlefield” e “The MAGA Doctrine”

Além disso, Kirk apresentava um podcast e um programa de rádio com grande audiência nacional. Seu perfil nas redes sociais ultrapassava 14 milhões de seguidores, o que demonstra seu alcance no cenário conservador americano.



O atentado

O ataque ocorreu durante uma apresentação de Charlie Kirk na Universidade de Utah, onde ele discursava sentado em sua mesa “Me prove que estou errado”. Um vídeo registrou o momento exato do disparo e a reação da plateia. Kirk foi socorrido por seguranças e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Aproximadamente uma hora depois, o ex-presidente Donald Trump confirmou a morte nas redes sociais.

A Universidade de Utah manteve o evento com base na Primeira Emenda, mesmo com uma petição online com quase 1.000 assinaturas pedindo o cancelamento da apresentação. No entanto, o ataque revela o clima de crescente polarização política nos Estados Unidos, que vive o maior índice de violência política desde a década de 1970, segundo a Reuters.

Acusado e investigações

Tyler Robinson, o acusado pelo assassinato, foi detido e está sendo processado por múltiplas acusações, incluindo assassinato qualificado. A Promotoria de Utah já anunciou que pedirá a pena de morte para Robinson.

Após o crime, Robinson teria trocado mensagens com sua namorada — também colega de quarto — revelando detalhes do ataque. Entre as trocas, uma mensagem demonstra o planejamento prévio: “Tenho a oportunidade de eliminar Charlie Kirk e vou aproveitá-la.”

Repercussão política e midiática

A suspensão do programa de Jimmy Kimmel ilustra como a cobertura midiática de eventos sensíveis pode impactar diretamente a reputação de apresentadores e redes de televisão. A decisão da ABC ocorre em um momento de extremo calor político nos Estados Unidos, onde qualquer declaração pode ser ampliada e utilizada como arma política.

Jimmy Kimmel, que apresentou três edições do Oscar e é um dos rostos mais reconhecidos da TV americana, agora enfrenta o desafio de reconstruir sua imagem junto ao público e à comunidade jornalística. Em conclusão, o caso expõe a delicada linha entre liberdade de expressão e responsabilidade midiática em tempos de polarização.