Justiça: A importância da precisão linguística no poder judiciário
Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chamou a atenção ao cometer um erro de português em uma decisão envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A frase em questão — “A Justiça é cega, mas não é tola” —, embora tenha sido amplamente compartilhada, gerou debate sobre o uso adequado da língua portuguesa em documentos oficiais. Além disso, destacou o peso das palavras quando se trata da Justiça brasileira.
O erro gramatical e seu contexto
O ministro utilizou a expressão para advertir Bolsonaro sobre publicações potencialmente abusivas nas redes sociais. No entanto, a forma correta seria “a Justiça é cega, mas não é surda” — uma variação comum de um ditado popular que reforça a ideia de que, embora imparcial, a Justiça percebe atitudes inadequadas. Assim, o uso do termo “tola” distorceu o sentido original, causando estranheza entre especialistas em língua portuguesa e juristas.
Além disso, a imprecisão linguística em decisões judiciais pode minar a credibilidade institucional. Afinal, a Justiça depende de clareza, rigor técnico e coerência para manter a confiança da sociedade. Portanto, mesmo pequenos deslizes exigem atenção.
Por que a linguagem importa na atuação da Justiça
A linguagem utilizada pelos tribunais não é apenas um detalhe formal. Pelo contrário, ela reflete a seriedade e a competência do sistema judiciário. Em primeiro lugar, decisões devem ser compreensíveis e tecnicamente impecáveis. Em segundo lugar, erros podem ser explorados politicamente, como ocorreu neste caso. Por fim, a Justiça precisa manter sua autoridade moral, e isso passa pela precisão no discurso.
Além disso, o episódio serve como um alerta: mesmo figuras de alto escalão estão sujeitas a equívocos. Contudo, a correção pública e transparente fortalece as instituições. Em conclusão, o foco deve estar na melhoria contínua da comunicação institucional.
- Precisão linguística fortalece a credibilidade da Justiça
- Erros em documentos oficiais podem ser politizados
- A Justiça precisa equilibrar autoridade e transparência
- A sociedade observa cada vez mais o comportamento dos poderes