Karina Milei ocupa a posição de secretária-geral da Presidência da Argentina e desempenha papel crucial na administração do presidente Javier Milei. Recentemente, ela caiu no centro de um escândalo de corrupção que envolve supostos pagamentos de propina na aquisição de medicamentos para o setor público.
O que aconteceu?
Em abril, áudios vazados de Karina Milei foram divulgados. Eles apontam um esquema de cobrança de até 8 % sobre o faturamento de indústrias farmacêuticas, destinada a garantir contratos governamentais. A investigação aponta que Karina Milei teria recebido a maior fatia dos valores desviados.
Principais envolvidos
- Karina Milei – secretária-geral e suposto receptor de propinas;
- Eduardo “Lule” Menem – aliado próximo, apontado como operador do esquema;
- Diego Spagnuolo – ex‑chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), autor dos áudios;
- Empresários da Suizo Argentina – intermediários na compra de medicamentos;
- Diretores da Andis – afastados e sob investigação.
Investigações em andamento
O Ministério Público federal já realizou mais de 20 buscas em empresas ligadas ao esquema. Foram apreendidos celulares, máquinas de contar dinheiro e mais de 260 mil dólares em espécie. A perícia continua analisando as evidências.
Reação do governo
Enquanto a Justiça avança, o presidente Javier Milei manteve postura de apoio à irmã, aparecendo sorridente ao seu lado em eventos públicos. No entanto, o governo afirma que as acusações são perseguição política e destaca a necessidade de uma auditoria independente.
Impacto político
O escândalo surge em um momento crítico, duas semanas antes das eleições provinciais em Buenos Aires e pouco antes do pleito legislativo nacional. Se Karina Milei for considerada culpada, o presidente pode perder seu braço direito e enfraquecer o discurso anticorrupção que impulsionou sua vitória.
Conclusão
Em conclusão, o caso de Karina Milei demonstra como a corrupção pode corroer até os mais altos níveis de governo. A investigação continua, e o futuro político de Milei e de seus aliados dependerá dos resultados judiciais e da reação do Congresso.