A Intel Revela CPUs Panther Lake com Litografia 18A, Mas Lucratividade Demorará Anos
A Intel acaba de apresentar sua nova série de CPUs Panther Lake, marcando o início da adoção da tecnologia litografia 18A, essencial para a empresa reverter sua atual situação estratégica. No entanto, os executivos da gigante de semicondutores revelaram que a fase atual de desenvolvimento ainda não permite a produção em massa de chips capazes de gerar lucros imediatos.
Progresso Estável, Mas Limites Técnicos Persistem
Segundo Lip-Bu Tan, CEO da Intel, durante o trimestre fiscal de 2025, a empresa registrou progresso estável na litografia 18A, com a Fabricação 52 em Arizona operando em plena capacidade. Ele afirmou: “Os rendimentos do 18A estão progredindo de forma previsível, e estamos no caminho certo para lançar os Panther Lake ainda este ano”.
No entanto, o CFO da Intel, David Zinsner, destacou desafios significativos. Ele explicou que, embora a litografia 18A tenha alcançado um nível básico de disponibilidade, não atingiu a maturidade necessária para garantir margens lucrativas em larga escala. “Os rendimentos são adequados para atender à demanda inicial, mas não garantem margens competitivas. No máximo, isso só ocorrerá após 2026”.
Desafios na Escalabilidade e na Competitividade
A litografia 18A enfrenta três obstáculos principais:
- Capacidade produtiva limitada: A Fab 52 ainda não opera em volume máximo.
- Margens压缩adas: A tecnologia não reduz custos suficientemente para rivalizar com concorrentes.
- Tempo de implementação prolongado: A Intel estima que a produção em massa só ocorrerá após 2026.
Para mitigar esses riscos, a Intel pode focar em lançar chips de alta margem, como a linha Core Ultra 300, que têm maior valor agregado. No entanto, Zinsner reiterou que a capacidade máxima de produção da litografia 18A, incluindo a próxima geração de processadores Xeon, só será alcançada no final da década.
Visão de Longo Prazo e Competitividade
Apesar dos desafios imediatos, a Intel mantém otimismo sobre a durabilidade da litografia 18A. Segundo executivos, a tecnologia deve sustentar demandas de até 2030, até que avanços como a litografia EUV ultravioleta extrema (EUV-UV) se tornem viáveis. Portanto, a empresa priorizará melhorias graduais e parcerias estratégicas para expandir sua rede de produção.
