Mar de Plástico: Como a região mais seca da Espanha se tornou a horta da Europa

Descubra como o Mar de Plástico transformou a região mais seca da Espanha em uma horta vital para a Europa, enfrentando desafios ambientais e sociais.

O fenômeno que mudou a paisagem espanhola

Em Almería, o Mar de Plástico cobre 32.000 hectares de terra, equivalente a 44 mil campos de futebol, e transforma o clima árido em um próspero centro agrícola. Entre El Ejido e Almería, estufas brancas se alinham como um mar de vidro que sustenta a produção de alimentos.

Produção e economia

Essa área gerencia cerca de quatro milhões de toneladas de frutas e hortaliças por ano, das quais 60% são exportadas para a Europa. Além disso, o setor movimenta US$ 5,1 bilhões anualmente, representando 40% do PIB da região.



  • Tomates, pimentões, melões e pepinos dominam a produção.
  • A irrigação por gotejamento reduz o consumo de água em 60% em comparação com outras regiões.
  • O plástico usado nas estufas é reciclado em 100% de sua massa.

Desafios ambientais e sociais

No entanto, a superexploração dos aquíferos ameaça a sustentabilidade da água subterrânea. Portanto, especialistas exigem que a produção seja ajustada para preservar recursos hídricos vitais.

Além disso, a maioria dos trabalhadores nas estufas são migrantes. Em El Ejido, quase um terço da população são estrangeiros, enfrentando condições precárias de moradia e trabalho.

Em conclusão, a região precisa equilibrar crescimento econômico com responsabilidade ambiental e social.



O futuro do Mar de Plástico

As autoridades planejam diversificar fontes de água, incluindo dessalinização e captação de água pluviosa. Dessa forma, a região pode continuar alimentando a Europa sem comprometer seus ecossistemas locais.

Ao manter a produção em ritmo sustentável, Almería demonstra que a inovação pode transformar desafios climáticos em oportunidades de crescimento, preservando ao mesmo tempo recursos naturais e bem-estar da comunidade.