Em 3 de setembro de 2025, a China surpreendeu o mundo ao revelar uma nova geração de mísseis nucleares durante um desfile militar em Pequim. O evento, realizado na histórica Praça Tiananmen, marcou os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e funcionou como uma demonstração clara de força diante das potências ocidentais, em especial os Estados Unidos.
Tríade nuclear completa exibida publicamente
Pela primeira vez, o país asiático apresentou ao público sua tríade nuclear completa. Isso significa que a China agora possui capacidade de lançar ogivas nucleares por terra, mar e ar. Entre os modelos exibidos, destacam-se o DF-5C, um míssil balístico intercontinental reformulado, e o DF-61, um míssil móvel de longo alcance. Além disso, o arsenal contou com os já conhecidos DF-31BJ e outros sistemas avançados.
O DF-5C, por exemplo, tem alcance impressionante de 20.000 km, o que permite atingir qualquer ponto do planeta. Esse dado coloca a China em uma nova posição estratégica, especialmente em um cenário de crescente competição com os EUA.
Expansão do arsenal nuclear chinês
Segundo o Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (SIPRI), a China possui cerca de 600 ogivas nucleares atualmente. No entanto, especialistas apontam que esse número pode dobrar até 2035, chegando a aproximadamente 1.500 unidades. Portanto, a revelação dos novos mísseis nucleares reforça a intenção do país de se posicionar como uma superpotência militar global.
Novas tecnologias exibidas além dos mísseis nucleares
Além dos mísseis nucleares, o desfile contou com uma série de armamentos de última geração, todos de fabricação nacional e em operação. Entre eles:
- Mísseis antinavio (YJ-15, YJ-17, YJ-19 e YJ-20), alguns deles hipersônicos;
- Drones subaquáticos não tripulados, como o AJX002;
- Sistemas defensivos, como o HQ-29, possível “caçador de satélites”;
- Um suposto sistema de defesa a laser de grande potência.
O modelo YJ-17, por exemplo, pode atingir velocidades hipersônicas — mais de cinco vezes a velocidade do som — e é projetado para destruir porta-aviões e outras embarcações de grande porte. Esse desenvolvimento ocorre em meio a crescentes tensões no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China.
Motivações por trás da exposição militar
A exibição pública dessas armas não foi apenas uma celebração histórica. Trata-se de uma mensagem clara de que a China está disposta a desafiar a hegemonia global dos Estados Unidos. A presença de tantos sistemas avançados demonstra que o país asiático investe pesadamente em modernização militar, tanto defensiva quanto ofensiva.
Em conclusão, o desfile militar chinês de 2025 revela uma nova fase na corrida armamentista global. Com a introdução de mísseis nucleares mais potentes e tecnologias disruptivas, a China se posiciona como uma força militar a ser levada a sério no cenário internacional.