O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou oficialmente a mudança de nome do Pentágono por meio de uma ordem executiva que reverte a nomenclatura do Departamento de Defesa para “Departamento de Guerra”. A medida, que deve ser assinada nesta sexta-feira (5), foi confirmada por um funcionário da Casa Branca na quinta-feira (4).
Um retorno a práticas históricas
O Departamento de Defesa passará a se chamar Departamento de Guerra, título que utilizava até 1949. Na época, o Congresso unificou as forças armadas após a Segunda Guerra Mundial e promoveu a mudança de nome com o intuito de refletir uma nova era de prevenção de conflitos, especialmente na era nuclear. No entanto, Trump acredita que o nome anterior transmite mais força e determinação.
A justificativa do governo
Segundo o secretário de Defesa, Pete Hegseth, a mudança de nome do Pentágono não é apenas simbólica. “A Defesa está muito defensiva. Queremos ser defensivos, mas também queremos ser ofensivos, se for preciso”, declarou o presidente em um evento recente. Além disso, Hegseth orientará o Congresso a tomar ações legislativas para consolidar essa alteração de forma permanente.
Um custo elevado e críticas esperadas
Apesar do apelo ideológico, a iniciativa deve gerar um custo significativo. Estima-se que a mudança de nome do Pentágono e de todas as instalações militares associadas ultrapasse centenas de milhões de dólares. Isso inclui a substituição de placas, documentos oficiais, sistemas de comunicação e símbolos institucionais.
- Reposições de identidades visuais em bases militares pelo mundo;
- Atualização de documentos oficiais e sistemas de comunicação;
- Custo potencial superior ao de iniciativas anteriores como a renomeação de bases confederadas;
Para se ter uma ideia, o projeto de renomear nove bases militares pela administração Biden custaria cerca de US$ 39 milhões. A nova mudança de nome do Pentágono pode superar esse valor em várias vezes. Críticos consideram a medida uma distração de questões mais urgentes e um desperdício de recursos públicos.
Continuidade de uma agenda
Além da mudança de nome do Pentágono, Trump tem promovido outras alterações de nomenclatura desde o início do mandato. Entre elas estão a tentativa de renomear o Golfo do México e a restauração de nomes de bases militares que haviam sido modificadas após protestos contra o racismo. A maioria republicana no Congresso ainda não demonstrou resistência a essas mudanças, o que facilita a aprovação de medidas executivas.
O que muda na prática?
Na prática, a alteração afeta não apenas o nome do órgão central, mas também os títulos de cargos. A partir de agora, o secretário de Defesa passa a ser chamado de “secretário de Guerra”, e assim sucessivamente para os demais cargos hierárquicos em comunicações oficiais.
Conclusão
A mudança de nome do Pentágono representa uma mudança simbólica significativa na política externa e de defesa dos EUA. Embora o governo justifique a medida como uma forma de reforçar o espírito guerreiro da nação, especialistas alertam sobre os custos financeiros e políticos envolvidos. Ainda assim, com apoio legislativo garantido, a reformulação parece seguir em frente, mesmo diante das críticas.
