Mais de 4 mil manifestantes marcham no centro de Los Angeles nesse 1º de Maio, exigindo salários dignos, justiça para imigrantes e denunciando políticas do governo Trump.
Nesta quinta-feira 1º de Maio, o centro de Los Angeles foi palco de uma grande manifestação em celebração ao Dia Internacional dos Trabalhadores. Organizado por uma coalizão de sindicatos e grupos comunitários, o ato reuniu aproximadamente 4 mil pessoas que marcharam desde a interseção das ruas Olympic Boulevard e Figueroa Street até o prédio federal na Los Angeles Street, onde estão localizados os escritórios do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) .
Os manifestantes exigiam salários justos, condições de trabalho seguras e proteção aos direitos dos imigrantes. Cartazes com frases como “Imigrantes tornam a América grande” e “Migração é bela” foram vistos durante a marcha, que ocorreu de forma pacífica e sem registros de prisões .
A manifestação em Los Angeles em No 1º de Maio, milhares protestam em Los Angeles por direitos trabalhistas e dos imigrantes, em um dos maiores atos do Dia do Trabalhador nos EUA. fez parte de uma série de protestos realizados em mais de mil cidades nos Estados Unidos, organizados pelo movimento 50501, que surgiu em janeiro de 2025 como uma resposta às políticas do governo Trump . Além de Los Angeles, cidades como Nova York, Chicago e Filadélfia também registraram grandes atos .
Entre os participantes do protesto em Los Angeles estavam trabalhadores de diversas categorias, estudantes e defensores dos direitos dos imigrantes. A marcha também contou com a presença de membros do sindicato SEIU Local 721, que representa trabalhadores do condado de Los Angeles e que havia encerrado uma greve dois dias antes .
Além das manifestações, trabalhadores da área de saúde, pesquisa e técnicos da Universidade da Califórnia realizaram uma greve de um dia em resposta a um congelamento de contratações imposto pela universidade em março, medida que, segundo o sindicato UPTE, agrava a crise de pessoal no sistema .
O Dia do Trabalhador, ou May Day, tem suas raízes em lutas históricas por direitos trabalhistas nos Estados Unidos, remontando ao final do século XIX. Em 2006, o foco das manifestações nos EUA passou a incluir fortemente os direitos dos imigrantes, após protestos massivos contra legislações que criminalizavam a imigração irregular .
As manifestações deste ano refletem uma crescente insatisfação com as políticas do governo federal, especialmente em relação aos direitos dos trabalhadores e imigrantes, e demonstram a força de uma coalizão diversificada unida por justiça social e econômica.
