O governo de Donald Trump implementou novas exigências físicas para os militares dos Estados Unidos, uma medida que promete redefinir a aptidão dentro das Forças Armadas. A diretiva, assinada pelo secretário de Guerra Pete Hegseth, determina que militares com excesso de peso possam ser demitidos caso não consigam atingir os padrões estabelecidos.
Quais são as novas exigências físicas?
As novas exigências físicas incluem avaliações rigorosas que devem ocorrer duas vezes ao ano para militares ativos, e uma vez para reservistas e membros da Guarda Nacional. Os critérios de avaliação envolvem:
- Medição de altura e circunferência da cintura
- Comparação com padrões que serão divulgados em até 60 dias
- Aplicação de programas de “remediação” para quem não atingir os índices
- Possibilidade de punições severas, incluindo demissão
Além disso, a nova norma proíbe barbas, permitindo apenas bigodes aparados. A justificativa é que barbas podem comprometer o uso de máscaras respiratórias. Exceções são feitas apenas por motivos médicos, religiosos ou em situações operacionais específicas.
Reações políticas e polêmicas
Essas novas exigências físicas não passaram despercebidas. O secretário Pete Hegseth declarou: “É completamente inaceitável ver generais e almirantes gordos nos corredores do Pentágono. A era da aparência pouco profissional acabou.” No entanto, a declaração provocou reações de deboche e críticas da oposição.
Por exemplo, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, utilizou uma montagem de Trump comendo sanduíches e escreveu no X (antigo Twitter): “Acho que o Comandante em Chefe precisa ir embora!” A postagem fazia referência ao próprio presidente, questionando a coerência das novas exigências físicas quando ele mesmo enfrenta críticas sobre o peso.
Além disso, o perfil oficial do Partido Democrata respondeu com ironia, publicando apenas uma imagem de Trump com a legenda: “Isso é interessante”.
Contexto e mudanças no Pentágono
Essas novas exigências físicas fazem parte de uma ampla reformulação no Pentágono. Desde o retorno de Trump à Casa Branca, o Departamento de Defesa passou por mudanças significativas, como o retorno do nome “Departamento de Guerra”. O objetivo declarado é reforçar a disciplina e a eficiência militar.
Portanto, as novas exigências físicas representam mais do que uma simples política de saúde: elas simbolizam a abordagem de Trump para a governança, baseada no mérito, rigor e controle rígido de padrões. No entanto, a oposição vê nisso uma oportunidade de criticar a hipocrisia e o autoritarismo crescente no governo.
Enquanto os limites oficiais de circunferência da cintura ainda serão divulgados, a polêmica já coloca em xeque o equilíbrio entre padrões de saúde, coerência política e autoridade militar.
