A Nova Política de Trabalho do Nubank e as Contestações
O Nubank revelou uma mudança estratégica em sua política de expediente, reintroduzindo o trabalho presencial híbrido a partir de 2026, após cinco anos de operação totalmente remota. Essa transição gerou descontentamento entre funcionários, culminando no anúncio da demissão de 12 colaboradores após uma reunião tensa. A situação escalou rapidamente, com o Sindicato dos Bancários solicitando a suspensão imediata das dispensas.
Motivações da Empresa
O CEO e fundador, David Vélez, justificou a mudança, citando “custos invisíveis” do trabalho remoto, como a redução da produtividade coletiva e a dificuldade em manter a inovação. Além disso, a fintech anunciou um modelo progressivo: dois dias presenciais em julho de 2026 e três dias em 2027.
Por meio do Comitê de Conduta, o Nubank analisou cada caso e determinou as demissões por justa causa, reforçando que não tolera “desrespeito e violações de conduta”. No entanto, a empresa evitou comentar detalhes sobre os casos individuais.
Resposta do Sindicato
O Sindicato dos Bancários de São Paulo reagiu com três demandas principais:
- Suspensão imediata das demissões;
- Ampliação do diálogo com funcionários afetados, especialmente aqueles que residem longe dos escritórios;
- Garantia de direitos durante a transição, priorizando empregos e saúde profissional.
Os críticos apontam que a exigência de residência a menos de 50 km de um escritório oficial favorece apenas uma parcela da equipe, prejudicando profissionais contratados remotamente em outras regiões.
Implicações para o Futuro
A expansão física do Nubank, com novos escritórios em cidades como Campinas, Miami e Palo Alto, reforça a estratégia de reforçar sua presença global. Porém, a decisão levanta questões sobre equidade e flexibilidade no mercado tecnológico pós-pandemia.
Enquanto o setor aguarda os próximos movimentos, as Nubank demissões evidenciam o dilema entre inovação corporativa e proteção dos direitos trabalhistas.
