A ofensiva de Israel em Gaza ganhou nova dimensão na manhã desta segunda-feira (15), com o lançamento de uma operação terrestre na Cidade de Gaza. Segundo informações do site Axios, baseadas em fontes israelenses, o principal objetivo da ação é eliminar o grupo terrorista Hamas, que mantém sua forte presença na região.
Avanço militar e ataques aéreos marcam início da operação
Testemunhas relataram uma sucessão de ataques aéreos durante a noite que antecedeu o início da ofensiva. Após os bombardeios, tropas israelenses avançaram para dentro da Cidade de Gaza. Apesar das ações já estarem em andamento, o Exército de Israel ainda não confirmou oficialmente a operação.
Além disso, a operação começa apenas um dia após a reunião entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Ainda segundo o Axios, o presidente Donald Trump apoia a iniciativa, desde que ela seja rápida e eficaz.
Acusações de uso de escudos humanos
Na tarde de segunda-feira, Trump divulgou em rede social que teria recebido informações sobre o Hamas movendo reféns para a superfície desde outubro de 2023. O grupo terrorista teria a intenção de usá-los como escudos humanos durante os confrontos.
“Espero que os líderes do Hamas saibam no que estão se metendo se fizerem tal coisa. Esta é uma atrocidade humana, como poucas pessoas já viram”, escreveu o presidente norte-americano.
Destruídos prédios e deslocamento populacional
No domingo (14), a agência Reuters informou que os bombardeios intensificados destruíram mais de 30 prédios residenciais em Gaza. Como resultado, milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. As forças israelenses afirmam ter atingido exclusivamente alvos terroristas.
Israel declarou publicamente que tem o objetivo de tomar a Cidade de Gaza, que considera o “último bastião” do Hamas. A região abriga cerca de 1 milhão de pessoas, o que aumenta a complexidade humanitária da operação.
Tensões internacionais e ataques recentes
Na semana anterior, Israel realizou um ataque em Doha, no Catar, contra lideranças do Hamas. O Catar atua como mediador em possíveis acordos de cessar-fogo. No entanto, o ataque gerou revolta internacional, incluindo condenações da ONU.
Portanto, o contexto atual demonstra que a ofensiva de Israel em Gaza está inserida em uma crise mais ampla e profundamente enraizada. O conflito teve início em outubro de 2023, após um massacre perpetrado pelo Hamas, que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas em território israelense.
Desde então, a retaliação israelense já teria ceifado a vida de mais de 63 mil palestinos, segundo autoridades locais, sendo a maioria civis. Em conclusão, o cenário permanece instável, com grande preocupação tanto com a segurança regional quanto com os impactos humanitários da guerra.