Plano de paz para Gaza: Entenda os principais pontos da proposta de Trump ao Hamas

Entenda os principais pontos do plano de paz para Gaza anunciado por Donald Trump, incluindo cessar-fogo, reconstrução, anistia ao Hamas e nova governança local.

Apesar do grande impacto geopolítico, o plano de paz para Gaza anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não foi formalmente entregue ao Hamas, segundo declarou Mahmoud Mardawi, uma alta autoridade do grupo. A proposta, revelada em coletiva de imprensa, estabelece uma série de condições para encerrar o conflito na Faixa de Gaza, incluindo cessar-fogo, troca de reféns, reconstrução humanitária e reconfiguração da governança local.

Os principais pontos do plano de paz para Gaza

Além disso, o plano delineia a criação de um “Conselho da Paz” liderado por Trump, com o objetivo de supervisionar a implementação de diversas medidas. Embora o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair esteja previsto para integrar esse órgão, ainda não há definição sobre a participação de Israel. Portanto, o conteúdo do acordo gera grande expectativa e preocupação, principalmente devido às exigências impostas ao Hamas.



1. Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros

O plano de paz para Gaza prevê que o cessar-fogo entre em vigor imediatamente após a aceitação pelos envolvidos. Em troca, Israel libertaria prisioneiros palestinos, enquanto o Hamas teria 72 horas para devolver todos os reféns israelenses mantidos em Gaza. Além disso, a troca incluiria restos mortais de ambos os lados, promovendo um gesto de reconciliação.

2. Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza

Portanto, o documento prevê que ajuda humanitária entre imediatamente, com entrada de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura básica. A distribuição seria supervisionada por organizações neutras, como a ONU e o Crescente Vermelho. Equipamentos para limpeza de escombros e reabertura de estradas também seriam autorizados, visando a restauração do território destruído.

3. Nova governança em Gaza

Além disso, o plano propõe a formação de um comitê palestino tecnocrático, apolítico, responsável pela gestão local de Gaza. Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump. No entanto, ainda não está claro se Israel terá representação nesse novo órgão internacional. O objetivo é preparar a volta da Autoridade Palestina após a realização de reformas estruturais.



4. Desmilitarização e anistia ao Hamas

Em contrapartida, o plano de paz para Gaza exige a destruição de toda infraestrutura militar e de túneis, sob fiscalização internacional. Integrantes do Hamas que entregarem suas armas poderiam receber anistia. Aqueles que optarem por deixar o território teriam direito a passagens seguras para outros países. Essa medida visa transformar Gaza em uma zona “desradicalizada”, como parte de uma estratégia de longo prazo de desmilitarização.

5. Segurança internacional e futuro político

Por fim, o plano prevê a criação de uma Força Internacional de Estabilização encarregada de treinar a polícia palestina. Israel, por sua vez, se retiraria gradualmente de Gaza, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário. A proposta também delineia um caminho para a autodeterminação palestina, com perspectivas de coexistência pacífica entre os dois Estados.

Reações e posicionamentos

Na coletiva de imprensa, Donald Trump deixou claro que, caso o Hamas rejeite o plano, os Estados Unidos apoiarão ações militares para eliminar o grupo de forma definitiva. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reforçou essa posição, afirmando que Israel avançará unilateralmente caso o Hamas não aceite os termos.

“Se o Hamas rejeitar seu plano, senhor presidente, ou se supostamente aceitá-lo e depois basicamente fizer de tudo para contrariá-lo, então Israel concluirá o trabalho por conta própria”, declarou Netanyahu ao lado de Trump.

Portanto, o futuro da região depende da resposta do Hamas, que até o momento não recebeu formalmente o plano de paz para Gaza em versão escrita. A situação permanece em constante evolução, e novas atualizações são esperadas nas próximas horas.

Conclusão

O plano de paz para Gaza proposto pelos Estados Unidos representa uma tentativa de resolver de forma abrangente o conflito na região. Embora traga propostas de cessar-fogo, reconstrução, governança e segurança, ainda enfrenta resistências e dúvidas. Em conclusão, a aceitação ou rejeição pelos atores envolvidos determinará a próxima fase do conflito no Oriente Médio.