Pré-COP deixa claro: Europa se mantém em silêncio estratégico e EUA não participam
O Pré-COP, encontro preparatório para a COP30 em Belém (PA), tornou-se palco de discussões acaloradas e posicionamentos surpreendentes. Países europeus, historicamente protagonistas nas conferências climáticas, surpreenderam com um discurso cauteloso sobre metas ambiciosas. Paralelamente, a ausência dos Estados Unidos gerou questionamentos sobre a liderança global na área.
Europeus priorizam consenso em vez de compromissos firmes
Representantes da União Europeia defenderam a necessidade de “coesão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento”, porém rejeitaram pressões por prazos rigorosos. É relevante destacar que a maioria dos países europeus adotou linguagem vaga, como “aumentar esforços” sem definir valores concretos. Isso contrasta com a postura adotada em conferências anteriores, quando propunham metas quantificáveis.
Ausência americana: consequência de divisões internas
Além disso, a não participação dos EUA reflete tensões políticas internas após as eleições de 2024. Segundo fontes oficiais, a delegação norte-americana se justificou por “priorizar discussões técnicas”. No entanto, especialistas apontam que a ausência evidencia a fragilidade do compromisso transatlântico em temas ambientais. Países como Alemanha e França tentaram minimizar a situação, porém sua postura prolongada de silêncio gerou críticas de aliados sul-americanos.
Temas centrais em debate no Pré-COP
- Financiamento para adaptação climática no Global Sul
- Transição energética acelerada em regiões tropicais
- Políticas de compensação de emissões desiguais
Por outro lado, representantes latino-americanos entraram firmes na discussão sobre “responsabilidade histórica” na emissão de gases. Em particular, Brasil e Argentina defenderam que os países do Norte devem assumir maior parte dos custos para projetos de preservação. É crucial mencionar que a COP30 anunciará pela primeira vez um fundo específico para proteção da Amazônia, com aporte de pelo menos US$ 10 bilhões.
Desafios futuros e lições do Pré-COP
Portanto, o encontro preparatório revelou grandes divergências antes da COP30. Países em desenvolvimento buscam garantias rígidas, enquanto potências europeias preferem evitar vinculações. Em conclusão, a próxima conferência terá como teste decisivo se os compromissos verbais do Pré-COP se transformarão em ações concretas. Analistas alertam que a falta de liderança norte-americana pode atrasar avanços críticos em redução de emissões até 2030.