PRF voltou ao centro das discussões políticas e jurídicas após o ex-diretor-geral da corporação negar, em depoimento, qualquer interferência da instituição no processo eleitoral do segundo turno das eleições. O ex-oficial, que atualmente é réu na ação penal que investiga uma suposta trama golpista, foi interrogado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (24/7), prestando esclarecimentos sobre seu papel e as condutas atribuídas à PRF durante o período eleitoral.
O depoimento no STF
Durante o interrogatório, o ex-diretor afirmou que a PRF atuou com rigor técnico e dentro dos limites legais, sem qualquer direcionamento político. Além disso, ele reforçou que não houve ordens ou práticas com o objetivo de barrar eleitores de qualquer candidato, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva. Portanto, as acusações de obstrução ao direito de voto carecem de provas concretas, segundo sua defesa.
Contexto da investigação
A ação penal em curso no STF apura um suposto plano destinado a inviabilizar a posse de um candidato eleito democraticamente. Nesse cenário, a atuação da PRF em pontos estratégicos do país durante o segundo turno gerou suspeitas. No entanto, analistas jurídicos destacam que a presença de agentes em rodovias federais é rotina em grandes eventos, o que não configura, por si só, conduta ilegal.
O papel institucional da PRF
- Garantir a segurança viária em rodovias federais
- Atuar em operações conjuntas com outras forças de segurança
- Manter a ordem durante eleições, sem viés político
Além disso, especialistas em segurança pública reforçam que a PRF tem como pilares a imparcialidade e o respeito à Constituição. Em conclusão, embora o debate sobre a atuação da corporação em momentos políticos sensíveis seja legítimo, afirmações de interferência direta exigem evidências robustas, que ainda não foram apresentadas de forma conclusiva.
