Robert Kennedy Jr. coloca em risco a saúde pública dos EUA, alertam ex-diretores da CDC

Robert Kennedy Jr. é acusado por ex-diretores da CDC de colocar em risco a saúde pública dos EUA com ações contrárias à ciência e à ética médica.

Nove ex-diretores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) emitiram um alerta contundente nesta segunda-feira (1º) sobre o futuro da saúde pública nos Estados Unidos. Em um artigo publicado pelo The New York Times, eles acusam Robert Kennedy Jr., atual ministro da Saúde do país, de colocar em perigo a saúde de todos os americanos.

O ataque à principal agência de saúde pública

A nomeação de Robert Kennedy Jr. para o cargo de secretário da Saúde levou à demissão abrupta da diretora da CDC, Susan Monarez, poucas semanas após ela assumir o comando. A ex-diretora se recusou a apoiar as mudanças propostas por Kennedy em políticas de vacinação, o que resultou em sua saída do cargo.



Além disso, quatro altos funcionários da CDC renunciaram em protesto, denunciando a ingerência política do governo Trump na agência. A situação foi descrita como “um caos” por veículos da mídia, e os ex-diretores afirmam que o país nunca viu algo semelhante.

Ações preocupantes de Robert Kennedy Jr.

No artigo, os ex-diretores destacaram uma série de ações que consideram prejudiciais:

  • Demissão de milhares de trabalhadores federais da área da saúde;
  • Enfraquecimento de programas essenciais para prevenção de doenças como câncer e doenças cardiovasculares;
  • Priorização de tratamentos não comprovados, especialmente durante o maior surto de sarampo em décadas;
  • Apoio a legislação que pode deixar milhões sem seguro saúde.

Portanto, os especialistas alertam que essas medidas comprometem seriamente a credibilidade e a eficácia do sistema de saúde pública dos EUA.



Repercussão entre os especialistas

A dra. Anne Schuchat, que atuou como diretora interina da CDC durante o primeiro mandato de Trump, também assinou a carta. Ela e outros ex-diretores ressaltaram que a agência sempre manteve independência técnica, servindo a presidentes democratas e republicanos ao longo das décadas.

“Isso é inaceitável e deveria alarmar todos os americanos, independentemente de suas inclinações políticas”, declararam os especialistas. A crítica é clara: a atuação de Robert Kennedy Jr. rompe com precedentes históricos e coloca interesses políticos à frente da ciência.

Conclusão: uma crise sem precedentes

Em conclusão, a nomeação de Robert Kennedy Jr. à frente do Ministério da Saúde dos EUA gerou uma profunda crise institucional. A saída de profissionais qualificados, a erosão da confiança pública e a interferência política representam uma ameaça real à saúde da população. Os alertas dos ex-diretores da CDC servem como um sinal vermelho de que o futuro da saúde pública está em xeque.