Na quinta-feira (25/7), o Ministério Público Federal (MPF) intensificou os esforços para cobrar do governo do Paraná e da Concessionária Ecosul melhorias urgentes em uma rodovia que corta território próximo a uma terra indígena. A ação segue uma reportagem especial publicada pelo Metrópoles, que revelou o crescente número de mortes entre indígenas em decorrência de acidentes de trânsito. Além disso, o caso ganhou destaque nacional devido à gravidade dos incidentes e à falta de medidas eficazes de segurança viária.
Contexto da rodovia e seu impacto nas comunidades indígenas
A rodovia em questão, localizada no interior do Paraná, passa diretamente ao lado de uma terra indígena ocupada por comunidades Guarani e Kaiowá. Portanto, o fluxo intenso de veículos pesados e a ausência de sinalização adequada aumentam significativamente o risco de acidentes. Ademais, a falta de passarelas elevadas, redutores de velocidade e placas educativas contribui para a vulnerabilidade dos moradores locais.
Demanda do MPF por ações concretas
O MPF exige, de forma imediata, a implementação de medidas de segurança como:
- Instalação de passarelas com acesso seguro;
- Colocação de redutores de velocidade em pontos críticos;
- Sinalização bilíngue (português e língua indígena) nas proximidades;
- Campanhas educativas sobre trânsito para comunidades e motoristas.
Além disso, o órgão determinou que a concessionária responsável pela rodovia apresente um plano técnico com cronograma detalhado em até 30 dias. Caso contrário, poderá enfrentar multas diárias e ações civis públicas.
Perspectivas futuras e responsabilidade compartilhada
Portanto, a segurança viária nessa rodovia não é apenas uma questão de infraestrutura, mas de direitos humanos e preservação de vidas. Em conclusão, a atuação do MPF reforça a necessidade de políticas públicas integradas, que considerem as especificidades das populações indígenas. Afinal, o acesso seguro à mobilidade urbana e rural é um direito de todos.