As sanções da ONU contra o Irã foram restabelecidas na noite de sábado (27), dez anos após terem sido suspensas. O retorno dessas medidas ocorreu de forma automática, após a expiração de um mecanismo de prorrogação acionado por Reino Unido, França e Alemanha no final de agosto.
Como funcionou o mecanismo de prorrogação
Esse mecanismo permitiria a extensão das sanções por mais cinco anos, contudo, China e Rússia vetaram a proposta na sexta-feira (26). Com isso, o bloqueio do programa nuclear iraniano, que havia sido suspenso em 2015, voltou a vigorar.
Além disso, a decisão foi tomada com base no descumprimento, por parte do Irã, dos compromissos assumidos no Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA), conhecido como acordo nuclear de 2015. O país foi acusado de não cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), agravando a situação perante o Conselho de Segurança da ONU.
Quais são as sanções restabelecidas
As sanções da ONU contra o Irã incluem um embargo de armas convencionais e severas restrições econômicas. Portanto, a venda de armas para o país está novamente proibida, assim como investimentos em setores sensíveis, como o nuclear e o militar.
Ao mesmo tempo, a medida limita o acesso do Irã a tecnologias que possam contribuir para o desenvolvimento de armas de destruição em massa. Em conclusão, a retomada das sanções sinaliza um aumento da pressão internacional sobre Teerã, com impactos diretos em sua economia e soberania tecnológica.
Repercussão internacional
- Estados Unidos comemoram o retorno das sanções como parte de sua estratégia de contenção ao Irã.
- União Europeia lamenta a decisão, mas reconhece o respaldo legal fornecido pelo Conselho de Segurança.
- Irã condena a reativação das restrições, chamando-as de injustas e motivadas por interesses políticos.
Portanto, o retorno das sanções da ONU contra o Irã demonstra a complexidade das relações internacionais, especialmente em temas de segurança nuclear. A situação deve influenciar profundamente as negociações futuras entre Teerã e potências ocidentais, agravando ainda mais a crise diplomática na região.