Sul-coreanos presos nos EUA retornam à Coreia do Sul após operação policial em fábrica de automóveis

Saiba como foi a repatriação dos sul-coreanos presos nos EUA após operação policial em fábrica da Hyundai e as repercussões políticas do caso.

Mais de 300 sul-coreanos presos nos EUA em uma operação policial realizada pelo governo de Donald Trump retornaram à Coreia do Sul na manhã de sexta-feira, 12 de setembro de 2025. O avião que os transportava pousou no Aeroporto Internacional de Incheon, na região metropolitana de Seul, após uma viagem iniciada na madrugada no horário brasileiro.

Operação em fábrica da Hyundai gera repercussão internacional

A detenção dos sul-coreanos presos nos EUA ocorreu na última quinta-feira, 4 de setembro, durante uma megaoperação conduzida pelo ICE (Serviço de Imigração e Controle Aduaneiro) em uma fábrica da Hyundai localizada na Geórgia. Ao todo, 475 imigrantes de diferentes nacionalidades foram detidos, sendo a maioria sul-coreana.



Além disso, o governo Trump divulgou vídeos da ação que mostram o momento em que agentes cercam o local e levam os trabalhadores para fora da fábrica. Muitos dos detidos aparecem com coletes da própria Hyundai e de outras empresas como LG CNS. A operação utilizou helicópteros e veículos blindados, o que demonstra o impacto da ação no cenário político e diplomático entre os EUA e a Coreia do Sul.

Proposta de Donald Trump e rejeição dos trabalhadores

Após a detenção, o presidente americano, Donald Trump, fez uma proposta surpreendente: permitir que os imigrantes ficassem nos EUA desde que aceitassem treinar trabalhadores locais. No entanto, a grande maioria dos sul-coreanos presos nos EUA rejeitou a oferta e optou por retornar ao país de origem.

Portanto, o voo que os traria de volta foi adiado por um dia, já que autoridades norte-americanas aguardavam uma resposta definitiva dos imigrantes. O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, declarou que os procedimentos para a saída do grupo foram interrompidos temporariamente, em resposta à tentativa de negociação de Trump.



Recepção emocionante e críticas ao governo americano

Após a chegada em Incheon, os sul-coreanos foram recebidos por familiares, autoridades locais e até por manifestações de apoio. Um cartaz com críticas ao governo Trump foi erguido durante o evento, destacando o desconforto da população coreana com a forma como os trabalhadores foram tratados.

  • Mais de 316 sul-coreanos retornaram ao país;
  • A operação afetou imigrantes de várias nacionalidades;
  • Apenas um trabalhador aceitou a proposta de Trump;
  • O caso pode impactar o acordo comercial entre os EUA e a Coreia do Sul.

Implicações políticas e econômicas

Em conclusão, os sul-coreanos presos nos EUA representam mais do que apenas um caso isolado de fiscalização migratória. A operação ocorre em meio à crescente campanha anti-imigração do governo Trump e pode afetar os laços comerciais entre os dois países. Os EUA e a Coreia do Sul estão em negociação sobre um acordo comercial que envolve investimentos de aproximadamente US$ 350 bilhões.

Consequentemente, o caso gerou tensão nas relações diplomáticas e levantou questionamentos sobre o tratamento dado aos trabalhadores estrangeiros com vínculos empregatícios em empresas sul-coreanas instaladas nos Estados Unidos.