O que o tarifaço promete para os Estados Unidos
O tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump pretende cortar o déficit total do país em US$ 4 trilhões até 2035. Além disso, o Congresso alerta que tal política pode frear investimentos e reduzir a produtividade nacional.
Redução do déficit: números e projeções
Segundo o Congressional Budget Office (CBO), a arrecadação gerada pelas tarifas diminuirá o déficit primário em US$ 3,3 trilhões, o que, por sua vez, reduzirá os gastos com juros da dívida em US$ 700 bilhões. Portanto, a soma desses efeitos totaliza US$ 4 trilhões, um impacto significativo no balanço fiscal.
Efeitos negativos sobre a economia americana
No entanto, o CBO observa que a elevação das tarifas inflacionará bens de consumo e de capital, tornando a produção mais cara e, assim, diminuindo o poder de compra de famílias e empresas. Em conclusão, o crescimento econômico pode ser comprometido, pois investimentos e produtividade tendem a cair.
Receita atual e projeções futuras
De janeiro a julho, o Tesouro dos EUA arrecadou US$ 136 bilhões em direitos aduaneiros, incluindo US$ 28 bilhões apenas em julho. O CBO projeta que, sem alterações adicionais, a arrecadação total atingirá cerca de US$ 200 bilhões neste ano fiscal, embora essa estimativa possa variar conforme a implementação das tarifas.
Tarifas aplicadas e exceções
O documento destaca tarifas elevadas sobre produtos da China (30%), México (25%), Canadá (35%) e União Europeia (15%), além de 50% sobre aço, alumínio e cobre. No caso do Brasil, a tarifa total atingiu 50% para a maioria dos produtos exportados, embora existam exceções.
Conclusão: um balanço entre economia e política
O tarifaço pode efetivamente reduzir o déficit, mas ao custo de desacelerar o crescimento econômico. Assim, é crucial que os formuladores de políticas avaliem se os benefícios fiscais superam as perdas em produtividade e investimento.