Tensões EUA e Venezuela: Entenda a crise entre Trump e Maduro em 2025

Entenda como as tensões EUA e Venezuela se intensificaram em 2025, com ameaças, mobilizações militares e o confronto direto entre Trump e Maduro.

As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiram níveis alarmantes em 2025, com uma série de eventos que reacenderam o confronto entre Donald Trump e Nicolás Maduro. Esse embate, que tem raízes históricas, ganhou nova dimensão com ameaças diretas, movimentações militares e acusações de narcotráfico.

A História por Trás da Crise

O atrito entre os dois países não é recente. Em 2017, durante seu primeiro mandato, Trump mencionou uma “opção militar” para resolver a crise na Venezuela. Em 2019, após Juan Guaidó se declarar presidente interino com o apoio de Washington, Maduro rompeu relações diplomáticas com os EUA. Além disso, em 2020, os Estados Unidos formalizaram acusações de narcoterrorismo contra Maduro, oferecendo uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à sua captura.



Escalação em 2025

Agosto: Recompensas e Ameaças

Em 7 de agosto de 2025, os EUA dobraram a recompensa pela captura de Maduro, elevando-a para US$ 50 milhões. A procuradora-geral Pam Bondi justificou o aumento ao classificar Maduro como “um dos maiores narcotraficantes do mundo”, representando uma ameaça direta à segurança dos Estados Unidos.

No dia seguinte, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino Lopez, respondeu com desdém, chamando as declarações dos EUA de “tolas”. Ele também foi alvo de uma recompensa oferecida pelos Estados Unidos, assim como o ministro do Interior, Diosdado Cabello.

Setembro: Envio de Tropas e Mobilização

Em 14 de agosto, os EUA começaram a enviar tropas para a região do Caribe, segundo informações da Reuters. Essa movimentação ocorreu após Trump ter assinado uma ordem secreta autorizando o uso de força militar contra cartéis de drogas na América Latina.



Portanto, em 19 de agosto, a porta-voz Karoline Leavitt declarou que Trump estaria disposto a usar “toda a força” para combater o regime de Maduro, acusado de liderar um cartel narcoterrorista.

No mesmo dia, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o país. Em resposta, os EUA posicionaram três navios de guerra no sul do Caribe, perto da costa venezuelana.

Fim de Agosto: Soberania e Apelo à ONU

Em 28 de agosto, Maduro apareceu em uniforme militar, visitando tropas e afirmando que a Venezuela estava mais preparada do que nunca para defender sua soberania. Ele qualificou a ofensiva americana como uma “guerra psicológica”.

No dia seguinte, o governo venezuelano enviou uma carta à ONU, solicitando que o secretário-geral António Guterres interviesse para exigir o fim da operação naval dos EUA. Maduro chamou o movimento norte-americano de “ameaça gravíssima”.

Setembro: Ameaça de Luta Armada

No dia 1º de setembro, Maduro declarou que a Venezuela entraria em uma “luta armada” caso fosse atacada. Ele afirmou que oito embarcações militares dos EUA, incluindo um submarino, estavam posicionadas com cerca de 1.200 mísseis apontados para o país.

Além disso, o governo da Guiana, rival histórico da Venezuela, manifestou apoio ao envio da frota dos EUA, o que gerou nova tensão diplomática na região.

2 de Setembro: Ataque a Embarcação

Por fim, em 2 de setembro, Donald Trump divulgou um vídeo mostrando o ataque a uma embarcação suspeita de transportar drogas. O governo norte-americano confirmou que 11 pessoas morreram durante a operação. Segundo os EUA, o barco pertencia ao grupo Tren de Aragua, classificado como organização terrorista.

Conclusão

As tensões EUA e Venezuela em 2025 refletem um cenário de crescente hostilidade, com ameaças diretas, mobilizações militares e acusações pesadas. Embora os Estados Unidos justifiquem suas ações como combate ao narcotráfico, Maduro posiciona-se como defensor da soberania nacional. O futuro dessa crise dependerá tanto da reação internacional quanto da capacidade dos dois líderes de evitar um conflito maior.

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