Na manhã de 23 de setembro de 2025, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontraram brevemente. O encontro, apesar de curto, chamou atenção por conta das declarações otimistas de Trump, que elogiou o líder brasileiro e afirmou que ambos têm “uma química excelente”.
Encontro entre Trump e Lula na ONU
De acordo com o próprio Trump, o encontro ocorreu no momento em que ele entrava no plenário da ONU e Lula saía. Os dois líderes se abraçaram e, segundo o presidente americano, combinaram de se encontrar novamente na semana seguinte. “Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos, mas tivemos uma boa conversa”, declarou Trump. Além disso, ele ressaltou que o encontro foi produtivo e que o Brasil pode ser um parceiro importante nos negócios internacionais.
Declarações positivas de Trump
Durante seu discurso, Trump fez questão de destacar aspectos positivos da relação com o Brasil. “Ele pareceu um homem muito agradável. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele”, disse o presidente. Além disso, Trump reforçou que só faz negócios com pessoas com quem tem afinidade. “Tivemos uma excelente química por pelo menos uns 39 segundos”, brincou.
Contraste com tensões recentes
Apesar das declarações positivas, o encontro de Trump e Lula na ONU contrasta com o clima de tensão que marcou as relações entre os dois países desde julho de 2025. Na ocasião, Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, como retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O governo brasileiro confirmou o encontro, mas adotou uma postura cautelosa diante das declarações do líder americano.
Em seu pronunciamento, Trump também voltou a criticar o Brasil por supostas ações de censura, repressão e perseguição a críticos políticos. “O país enfrenta grandes tarifas em resposta a seus esforços sem precedentes para interferir nos direitos e nas liberdades de nossos cidadãos”, afirmou.
Reações no Brasil
Comentaristas brasileiros analisaram as declarações de Trump com reservas. “O relato está na boca de Trump, mas ele é uma figura tão errática que é de fato possível ele ter gostado de Lula”, declarou o jornalista Marcelo Lins, da Globonews. Já o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin, afirmou que o encontro representa “um passo importante, mas nada indica que ele será apaziguador com Lula”.
Expectativas para a próxima reunião
Apesar das críticas e da cautela, o encontro de Trump e Lula na ONU abre espaço para a retomada de um diálogo mais construtivo. Os dois líderes combinaram de se encontrar novamente na próxima semana, o que pode ser um divisor de águas nas relações entre os dois países. A agenda bilateral ainda enfrenta desafios, mas o otimismo de Trump demonstra que há espaço para negociações.
Portanto, o momento é de observar os próximos passos, especialmente em relação a temas sensíveis como tarifas, cooperação comercial e respeito às instituições democráticas. O encontro de Trump e Lula na ONU pode ser o primeiro sinal de uma nova dinâmica nas relações entre Brasil e Estados Unidos.
Resumo das declarações de Trump
- “Ele pareceu um homem muito agradável. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele.”
- “Tivemos uma excelente química por pelo menos uns 39 segundos.”
- “Só faço negócios com pessoas que eu gosto.”
- “Combinamos de nos encontrar na próxima semana.”
Em resumo, o encontro entre Trump e Lula na ONU foi breve, mas carregado de simbolismo. Embora as declarações positivas do presidente americano gerem expectativas, o Brasil mantém uma postura de prudência, aguardando a evolução concreta da agenda bilateral.