Circula nas redes sociais um vídeo fake de Trump que supostamente critica o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaça ministros com sanções. No entanto, especialistas confirmam que o conteúdo é falso e manipulado por inteligência artificial (IA).
O que diz o vídeo falso?
O material, publicado no Facebook, já ultrapassou 63 mil curtidas e apresenta Donald Trump dentro da Casa Branca. No áudio, ele teria falado em português, dizendo: “Encerrem imediatamente todos os inquéritos sobre a farsa do golpe de Estado” contra Bolsonaro. Além disso, o texto associado ao vídeo afirma que Trump acusou o STF de golpe e prometeu sanções duras.
Declarações atribuídas ao presidente dos EUA
- “Não permitirei a consolidação de um regime comunista no Brasil.”
- “Se insistirem nessa farsa, todos pagarão por seus crimes.”
- “O mundo já sabe o que está acontecendo no Brasil.”
No entanto, essas declarações nunca foram feitas por Trump. O áudio e o vídeo foram manipulados para criar uma narrativa enganosa.
Por que esse vídeo é falso?
O vídeo fake de Trump foi submetido à plataforma Hiya, especializada em detectar deepfakes. O resultado mostrou um índice de autenticidade de apenas 7 em 100, o que confirma a manipulação por IA.
Além disso, uma investigação feita com Google Lens revelou que o conteúdo original é de uma coletiva de imprensa ocorrida em 6 de agosto de 2025. Na ocasião, Trump anunciava um investimento de US$ 100 bilhões da Apple nos EUA e discutia tarifas sobre chips de computador.
Portanto, em nenhum momento da coletiva original o ex-presidente mencionou o julgamento de Bolsonaro ou qualquer assunto relacionado ao Brasil.
Como identificar deepfakes?
Para não cair em enganos como esse, é essencial:
- Verificar a fonte do conteúdo antes de compartilhar;
- Usar ferramentas de verificação como Google Lens e Hiya;
- Buscar informações em veículos confiáveis e checados;
- Ficar atento a áudios ou falas fora do contexto, principalmente em vídeos de personalidades públicas.
Por fim, o vídeo fake de Trump serve como mais um alerta sobre os riscos da desinformação nas redes sociais. Fique atento às fontes e evite propagar conteúdos falsos.