A visita de Trump ao Reino Unido em 2025 foi marcada por toda a pompa e tradição que a monarquia britânica costuma reservar para líderes estrangeiros. No entanto, mesmo diante de desfiles militares, carruagens douradas e cerimônias protocolares, uma sombra pairava sobre o Castelo de Windsor: Jeffrey Epstein, o bilionário condenado por pedofilia que morreu misteriosamente na prisão seis anos antes.
Uma visita cercada de controvérsias
Os vínculos entre Epstein, Donald Trump, o príncipe Andrew e o ex-embaixador britânico Peter Mandelson vieram à tona nas semanas que antecederam a visita de Trump ao Reino Unido. Esses laços, revelados por meio de correspondências e fotografias, transformaram-se em um embaraço diplomático para ambas as partes. Além disso, o governo britânico enfrentou pressão crescente para reagir ao escândalo.
Na véspera da visita, o ativista grupo Led by Donkeys projetou imagens de Trump com Epstein na torre do castelo. O ato, simbólico e impactante, durou nove minutos e serviu como um lembrete público das conexões problemáticas do presidente norte-americano.
Realeza tenta compensar com cerimônias
Para amenizar os desconfortos políticos e públicos, a família real britânica dedicou à visita de Trump um roteiro de eventos luxuosos. Entre os destaques, estavam desfiles da guarda palaciana, um passeio em carruagem dourada e uma apresentação aérea de caças britânicos e americanos. No entanto, mesmo com essa exibição de requinte, a sombra de Epstein não foi apagada.
Trump, que sempre demonstrou admiração pela realeza britânica — em parte por conta da herança escocesa de sua mãe — aproveitou o evento para se afastar momentaneamente dos desafios internos nos EUA, como a polarização política e os conflitos internacionais em andamento.
Escândalo alcança o governo britânico
O primeiro-ministro Keir Starmer, que inicialmente buscava fortalecer o “relacionamento especial” entre Reino Unido e EUA por meio da visita de Trump ao Reino Unido, viu seus planos atrapalhados. A revelação das ligações entre Epstein e o embaixador Peter Mandelson forçou Starmer a demiti-lo às pressas, antes mesmo da chegada do presidente americano.
Essa reviravolta colocou o governo britânico em uma posição delicada. Além disso, os protestos em Londres, com manifestantes exibindo bonecos satíricos de Trump, demonstraram o descontentamento popular diante da recepção calorosa ao presidente norte-americano.
Conclusão: quando o passado assombra o presente
Portanto, mesmo com toda a grandiosidade da realeza britânica, a visita de Trump ao Reino Unido não conseguiu ocultar as feridas abertas deixadas por Jeffrey Epstein. O episódio revela como o passado pode comprometer relações diplomáticas no presente e ilustra a importância de transparência e responsabilidade política em um mundo cada vez mais conectado.
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